Nessa
época do ano, os reservatórios das hidrelétricas do noroeste paulista deveriam
estar na capacidade máxima, mas choveu pouco e o nível está abaixo do esperado. As informações são do G1/TV Tem.
A recuperação parece difícil já que a partir
de agora o volume de chuva tende a diminuir. Na usina de Marimbondo, que fica
no noroeste paulista, as chuvas dos últimos dias foram bastante comemoradas,
mas ainda está longe do ideal.
A
chuva de janeiro ainda não foi suficiente para recompor o nível dos
reservatórios das hidrelétricas ao longo do rio Grande e na maioria dos rios
que servem para gerar energia no país. No fim do ano passado, a região sudeste
enfrentou a pior seca dos últimos 13 anos. Em hidrelétricas do interior
de paulista, o volume de água chegou a apenas 9%. Em alguns pontos, rios
viraram córregos, prainhas secaram. A terra trincada era a marca da estiagem.
A
boa notícia é que o outono começou com chuva, mas o reservatório da usina de
Marimbondo, que fica no rio Grande e pertence a Furnas, precisa chover muito
ainda, porque o volume é menor do que 50% da capacidade total. No ano
passado, nesta mesma época , passava dos 70%.
As
comportas, que nesta época costumavam ficar abertas durante alguns dias para
liberar a água, continuam fechadas. Quem mora perto da usina espera que a chuva
continue. “A gente fica alegre de ver uma chuva dessa e esperamos que chuva o
mês inteiro para encher o reservatório”, afirma o comerciante Joaquim Cândido
da Silva.
O
país entra na estação onde o volume de chuva costuma ser menor que o do verão,
por isso a tendência é de que o volume de água comece a diminuir. O
problema é que o índice atual está bem abaixo da média para esta época. Nas
regiões sudeste e centro oeste, as hidrelétricas estão operando com menos da
metade da capacidade total (48,9%). No ano passado, o nível chegava aos 80%.
Com volume mais baixo, ainda estão as hidrelétricas da região nordeste. Com
pouco mais de 40% do volume útil, praticamente a metade da quantidade de água
que havia em março de 2012.
Por
telefone, o diretor geral do operador nacional do sistema elétrico, Hermes
Chipp, disse que a situação não é preocupante porque o sistema é interligado e
são esperadas chuvas até o mês de abril. Caso isso não se confirme, a situação
será equilibrada pela geração das usinas térmicas.