A inflação tem provocado reflexos diretos no setor de alimentação fora do lar em Araçatuba (SP). Bares, lanchonetes e restaurantes da cidade estão sentindo no bolso o peso do aumento nos custos, especialmente com a carne bovina e a energia elétrica — dois insumos essenciais para o funcionamento das cozinhas e dos serviços prestados ao consumidor.
Segundo empresários locais, os reajustes constantes têm reduzido as margens de lucro e dificultado o repasse total dos custos ao consumidor, que também enfrenta um cenário econômico apertado. A saída, em muitos casos, tem sido buscar alternativas criativas: modificar cardápios, reduzir porções, otimizar processos e negociar com fornecedores.
"Temos tentado manter o preço dos pratos mais vendidos, mas os cortes de carne estão pesando muito. A conta de luz também disparou, e isso afeta desde a refrigeração até o ambiente climatizado", afirma o proprietário de um restaurante localizado na região central da cidade.
Para especialistas, o cenário exige planejamento financeiro rigoroso e adaptações rápidas. "O setor de alimentação é um dos mais sensíveis à inflação, especialmente quando envolve produtos perecíveis. O empresário precisa avaliar com frequência os custos e identificar formas de reduzir perdas sem comprometer a qualidade", explica um consultor de negócios.
Apesar das dificuldades, o setor segue com boas expectativas de recuperação, especialmente com a chegada de datas comemorativas e maior circulação de pessoas nos fins de semana. Iniciativas locais, como festivais gastronômicos e feiras de food trucks, também ajudam a movimentar o mercado.
Enquanto isso, consumidores também estão mais atentos aos preços e promoções, optando muitas vezes por refeições mais acessíveis ou compartilhadas. A fidelização de clientes e a experiência no atendimento tornam-se diferenciais importantes em um cenário de alta competitividade.