A Justiça negou nesta quinta-feira (11) o pedido de revogação da prisão preventiva do delegado de Penápolis (SP) Nivaldo Martins Coelho. Ele está preso desde o mês passado no presídio especial da Polícia Civil em São Paulo. As informações são do portal G1/TV Tem.
Nivaldo é suspeito de participar de um esquema para liberar irregularmente veículos apreendidos pela polícia. Com a decisão, ele deve permanecer preso até o julgamento, que ainda não tem data marcada. A defesa do delegado nega que ele tenha cometido qualquer irregularidade.
Promotores do Gaeco revelaram detalhes do esquema que seria mantido por ele envolvendo despachantes e revenda de carros. Para o Ministério Público, ele recebia propina para liberar veículos com documentos irregulares e até teria vendido carros que estavam no pátio da Ciretran.
Nivaldo já prestou depoimento na delegacia seccional de Araçatuba (SP). Ele é suspeito de corrupção passiva, peculato, falsidade ideológica e formação de quadrilha. As investigações começaram em janeiro deste ano pelo Gaeco, Grupo de Combate ao Crime Organizado.
Os promotores responsáveis pelo caso falaram sobre os crimes que teriam sido cometidos pelo delegado no período que foi responsável pela Ciretran de Penápolis, de 2007 até maio deste ano. Segundo o Ministério Público, escutas autorizadas pela Justiça revelaram que Nivaldo teria autenticado documentos de caminhões roubados e que tinham os chassis adulterados. Ele também teria liberado carros apreendidos por irregularidades, tudo mediante o pagamento de propina. O delegado teria ainda entregue a uma revenda, carros roubados que estavam no pátio da Ciretran e recebia comissões.
