Multas rendem mais à Sabesp do que as perdas com bônus em fevereiro

A Companhia de Saneamento Básico do estado de São Paulo (Sabesp) informou hoje (29) que arrecadou 40% a mais de dinheiro com multas para consumidores que aumentaram o consumo de água do que deixou de ganhar com o bônus concedido a quem economizou em fevereiro

A Companhia de Saneamento Básico do estado de São Paulo (Sabesp) informou hoje (29) que arrecadou 40% a mais de dinheiro com multas para consumidores que aumentaram o consumo de água do que deixou de ganhar com o bônus concedido a quem economizou em fevereiro. Essa foi a primeira vez que a arrecadação com a multa superou as perdas da Sabesp com descontos desde fevereiro de 2015, quando a sobretaxa começou a ser cobrada.

Em fevereiro, a empresa arrecadou R$ 50,8 milhões com a tarifa de contingência e deixou deixou de faturar R$ 36,3 milhões referentes ao bônus para os economizaram água. Em todo o ano de 2015, a Sabesp ganhou R$ 499,7 milhões com a multa. Entretanto, deixou de arrecadar R$ 926,1 milhões po causa do desconto na conta dos consumidores que fizeram economia.

Nos dois primeiros meses de 2016, foram arrecadados R$ 100,4 milhões com as multas. Em decorrência do bônus, a empresa deixou de faturar R$ 115,7.

Fim do bônus e da multa

Na quinta-feira (24), a Sabesp protocolou na Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) autorização para cancelar a concessão do bônus e também a multa na conta de água. Segundo a Arsesp, o pedido está em análise pela diretoria da agência.

Em 22 de dezembro de 2015, a Sabesp solicitou à Arsesp a extensão do “Programa de Incentivo à Redução do Consumo de Água” e da “Tarifa de Contingência” para o fim de 2016 ou até que houvesse maior previsibilidade da situação hídrica, informou a companhia.

De acordo com a Sabesp, “os principais investimentos para aumentar a segurança hídrica na região metropolitana de São Paulo já estão em operação ou com obras em execução". A empresa acrescentou que a situação hídrica atual permite uma maior previsibilidade sobre as condições dos mananciais.

Diante disso, a companhia pediu, a partir das leituras de consumo de 1º de maio de 2016, o cancelamento do bônus e da multa.

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