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O problema é que ele não só retransmitia para os endereços dos internautas. “O Love bug sobrescrevia alguns arquivos e infectava outros. Todas as vezes que uma pessoa tentava abrir um arquivo no formato MP3, por exemplo, o vírus era executado”, disse Craig Schumugar, pesquisador de ameaças do McAfee Labs para o UOL Tecnologia.
Ao todo estima-se que o vírus – desenvolvido em Visual Basic Script – foi enviado para mais de 84 milhões de usuários em todo mundo e causou prejuízo de mais de US$ 8,7 bilhões. Na ocasião várias empresas e instituições, como o Pentágono e a CIA, tiveram os sistemas de e-mail travados, em função do tráfego gerado pelo envio em massa de mensagens. A praga só infectou máquinas com sistema operacional Windows.
Segundo Craig, um dos maiores motivos da alta proliferação do vírus foi por se tratar de uma ação de engenharia social – quando alguém usa uma informação falsa para ter acesso a informações importantes. No caso do “I Love You”, que a pessoa ao ver que alguém conhecido tinha mandado a mensagem, clicasse no arquivo anexo.
O pesquisador ainda apontou a fragilidade dos programas utilizados na época como causa da multiplicação da praga. “Não havia proteção suficiente nos sistemas operacionais – Windows 95 e Windows 98 – e os programas de e-mail ainda não bloqueavam esse tipo de falha.”
O vírus foi criado por um universitário filipino chamado Onel de Guzman, que tinha feito o script malicioso para um trabalho da faculdade que fora rejeitado. Guzman, então, decidiu soltar a mensagem com vírus no dia 4 de maio, um dia antes de sua formatura.
Devido à falta de legislação que envolvesse crimes digitais, o estudante filipino foi absolvido, pois o Departamento de Justiça do país não encontrou provas.
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