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O aumento do número de suspeitas de casos de dengue na
cidade tem sido uma das principais causas do grande volume de procura pelos
serviços de urgência e emergência, que chega a ser 40% maior.
Segundo a Diretora do UPA, Giovana Pierobon, a crescente procura por
atendimento nos serviços impacta diretamente no tempo de espera por
acolhimento. “Estamos operando acima da média. Por isso, mesmo com equipes
completas, e um aumento no contingente de enfermagem em alguns momentos,
registramos um tempo de espera pelos atendimentos superior ao que realizado em
dias normais”, explicou.
O número de médicos também foi ampliado na UPA para 5. São quatro médicos
atendendo no consultório e um médico de emergência justamente para suprir essa
demanda aumentada.
“Os pacientes classificados como pouco urgente, e que o atendimento poderia ser
realizado nas Unidades Básicas de Saúde vão aguardar um tempo maior então por
isso que dá essa “demora”, explicou Giovana.
Giovana afirmou ainda que na UPA não faltam medicações e foi adotado o teste
rápido da Dengue, chamado NS1, então o paciente que vai a UPA é atendido, sai
com o exame coletado em caso de suspeita de dengue e em dois dias ele fica
sabendo do resultado. “Agora se a pessoa apresentar sintomas da Dengue o ideal
é procurar uma UBS porque lá a demanda de atendimento é bem menor”, disse.
Troca de turnos
Sobre o aumento da demora nas trocas de turno, Giovana explica que neste
período os médicos tem que trocar informação sobre pacientes que estão em
atendimento um procedimento que garante a continuidade e eficiência do
trabalho. Dada essa necessidade é normal que esse fluxo de pessoas na troca de
plantão aumentar.
“Sobre o período de pausa para refeições, trata-se de um direito constitucional
garantido a todos os trabalhadores. Em uma jornada de 8 horas os médicos em
direito há uma hora de pausa para refeições, sejam no almoço ou janta. Esse
horário acontece em revezamento e em período algum a UPA encontra-se sem nenhum
médico.
Protocolo de Manchester
A UPA 24 horas segue um protocolo desenvolvido para acelerar a avaliação
médica, que ajuda também quem for classificado como suspeito de estar com a
Dengue.
O protocolo consiste em uma sinalização no prontuário eletrônico, onde o
paciente terá prioridade de atendimento dentro da classificação de risco
em que ele foi registrado (Protocolo de Manchester).
O Ministério da Saúde classifica a gravidade dos casos de dengue em quatro
grupos: A, B, C e D.
“Seguir o fluxo do protocolo garante um atendimento com mais celeridade
aos pacientes com maior risco”, disse.