Cientistas transformam óleo do MCDonalds em resina para impressoras 3D

Cientistas transformam óleo do MCDonalds em resina para impressoras 3D

Pesquisadores da Universidade de Toronto, no Canadá, tiveram uma ideia inovadora: em vez de descartar o óleo de cozinha, proveniente das frituras do MCDonalds, que tal aproveitá-los como resina para impressoras 3D? Para tanto, os cientistas tiveram que utilizar Equipamentos para tratamento de óleos usados para essa experiência.


A ideia foi do professor e diretor do centro NMR Center, Andre Simpson. Junto com 10 alunos, ele encontrou uma conexão entre as moléculas presentes nas resinas plásticas comerciais, utilizadas em impressoras 3D, e o óleo de cozinha. A partir desse momento, o pesquisador foi em busca de uma empresa que topasse essa empreitada.


"O pensamento veio até nós. Poderíamos usar óleo de cozinha e transformá-lo em resina para impressão 3D?", disse Simpson à CNN. Depois de levar vários nãos de restaurantes ao redor, o professor e os alunos tiveram um reforço de peso: o MCDonalds. O estudo começou quando uma franquia disponibilizou 10 litros de óleo usado. De volta ao laboratório, os alunos usaram Equipamentos para tratamento de óleos usados para conseguir filtrar a gordura e remover os pedaços de alimentos.


Aproximadamente um ano depois, outra colega se juntou ao estudo: a doutoranda Rajshree Ghosh Biswas. Ela ficou responsável por tentar converter essa gordura proveniente do óleo de cozinha em uma resina de alta qualidade. Deu certo: depois de alguns testes, uma borboleta de alta qualidade com detalhes de até 0,1 milímetro foi impressa em 3D.


De acordo com o professor Andre Simpson, o estudo produziu uma resina comercial viável para o mercado, que poderia ser obtida por US$ 0,30 por litro de óleo usado. Além disso, a equipe descobriu outro benefício da utilização do óleo de cozinha: o material é biodegradável. Para tirar a prova, uma amostra da borboleta feita de gordura foi enterrada e, poucos dias depois, 20% dela tinha desaparecido em duas semanas.


A pesquisa dos cientistas foi publicada em dezembro de 2019 na revista ACS Sustainable Chemistry & Engineering. "Fiquei impressionado com a iniciativa de pesquisa e feliz em contribuir com algo que poderia ser útil para as gerações futuras", disse Terri Toms, o proprietário da franquia do MCDonalds que forneceu o óleo usado de cozinha para a equipe de cientistas.


Não é de hoje que a companhia se desdobra para pensar em formas sustentáveis de descartar e reutilizar o óleo de cozinha proveniente das frituras. No Brasil, em 2014, o McDonalds fechou uma parceria com a Recoleo, uma empresa especializada na reciclagem de óleo de cozinha, para montar um sistema de coleta do material nas lojas de Minas Gerais, Espírito Santo e Brasília (DF). O óleo coletado foi destinado exclusivamente à fabricação de biodiesel.


Outra iniciativa no Brasil que contou com a utilização de Equipamentos para tratamento de óleos usados. Em 2010, óleo usado para fritar batatas, nuggets e outros alimentos também foi convertido em biodiesel, mas na oportunidade para abastecer os próprios caminhões da companhia. A experiência foi feita no município de Osasco, no estado de São Paulo. 20 lanchonetes do McDonald’s - todas em São Paulo p- articiparam da ação à época, segundo o jornal Brasil Econômico.


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