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Um feto foi encontrado nesta quinta-feira (30) em uma
lixeira em um bairro de Penápolis por um catador de material
reciclável. Segundo informações da polícia, o feto seria de um aborto
espontâneo ocorrido há 25 anos e estava guardado dentro de um pote com formol
durante todo este tempo. As informações são do portal G1/TV Tem.
De acordo com a polícia, o catador de reciclável encontrou o
feto e junto a ele vários documentos, como faturas de contas. Ele então chamou
a polícia, que por meio do endereço na fatura, chegou até a casa de uma mulher,
de 60 anos, que confessou que guardava o feto.
Em entrevista ao G1, o delegado Heweraldo Weber
Gonçalves informou que vai investigar o caso. “A mulher disse que teve um
aborto espontâneo há 25 anos. Ela tem um filho já com essa idade e ficou
grávida novamente após a gravidez. Ela disse que, na época, foi ao banheiro da
casa dela, onde teve o aborto. A mulher levou o feto ao hospital e, segundo
ela, o hospital teria 'dado' o feto para ela”, afirma o delegado.
A mulher então ficou com o feto por todos esses anos e, de
acordo com Gonçalves, ela e o marido teriam dado até o nome de Jorge para o
feto. Mas durante uma faxina, o marido teria, sem querer, jogado no lixo.
“Quando a polícia chegou a casa dela, ela contou toda a história. É uma
história antiga e o aborto, provavelmente foi espontâneo mesmo, porque não
haveria motivo dela ficar com o feto e criar prova contra si mesmo”, diz o
delegado.
O feto foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) onde passará por exames que irão verificar a idade e a causa da morte. O delegado afirma que se o aborto realmente foi espontâneo não há crime e, mesmo se fosse um aborto provocado, Gonçalves explica que este tipo de crime se prescreve em oito anos. “Vamos investigar o caso e pedir o formulário de atendimento no hospital na época do caso. Como foi há 25 anos, vamos tentar encontrar as pessoas que fizeram o atendimento”, conclui.
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