O Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde
de São Paulo divulgou nesta quinta-feira (19) o resultado dos exames feitos em
16 funcionários de um frigorífico de Barbosa (SP), que foram
internados no começo do ano com uma doença até então não identificada. Segundo
o centro, testes mostraram que os operários foram contaminados pela “Febre Q”,
uma doença rara transmitida por uma bactéria que vive nas fezes dos bovinos.
Todos foram medicados com antibióticos na época e passam bem. A direção do
frigorífico foi orientada a redobrar os cuidados com a higiene e a empresa
informou que já tomou providências. As informações são do portal G1/TV Tem.
O centro afirma ainda que a situação foi controlada e estava
inteiramente ligada ao ambiente de trabalho dos infectados. Não há, portanto,
nenhuma possibilidade de que a doença se espalhe pela população.
De acordo com o Ministério da Saúde, a Febre Q infecta
bovinos, caprinos e ovinos. Ela é transmitida para o homem pela inalação de
aerossóis contaminados. Ela é considerada extremamente infecciosa para
seres humanos. O solo, assim como a lã, couro, poeira de matadouros e
vestimentas de veterinários e fazendeiros podem ser fontes contínuas dessa
infecção.
Na febre Q, o quadro clínico inicial pode ser confundido com
influenza, apresentando o paciente, após um período de incubação de 7 a 28
dias, febre, calafrio, mal-estar generalizado, cefaleia e mialgia. Ainda na
fase aguda, pode ocorrer hepatite.
Entende o caso
Em janeiro deste ano, trabalhadores de um frigorífico em Barbosa começaram um
tratamento de saúde porque poderiam ter sido infectados pela bactéria da
brucelose, uma doença transmitida por bovinos. Segundo a Secretaria de Saúde de
Barbosa, dos 16 funcionários, dois chegaram a ser internados em São José do Rio
Preto (SP) com sintomas mais avançados, os outros 14 receberam tratamento com
antibióticos em casa.
Exames realizados nos funcionários deram negativo
posteriormente para brucelose, que é uma doença infecciosa causada por
diferentes gêneros da bactéria Brucella. O risco de contrair a infecção é maior
naqueles que trabalham com a saúde, criação e manejo de animais ou abatedouros.
Em casos graves, a doenças pode afetar vários órgãos: sistema nervoso central,
coração, fígado e o aparelho digestivo.