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As tradicionais barracas de sucos e frutas da Rodovia Marechal Rondon, na região de Araçatuba (SP), estão com os dias contados, já que a concessionária responsável pela pista entrou com uma ação na Justiça e as estruturas já começaram a ser demolidas. As informações são do portal G1/TV Tem.
Da barraca de suco onde o comerciante Euclides de Jesus Garçoni trabalhou por 20 anos restaram apenas os pilares. Agora ele tenta fazer a limpeza do local que foi demolido de um dia para o outro. “Eu estava trabalhando normalmente e de repente chegou oficial de justiça e pediu para eu retirar no ato a mercadoria porque eles iriam derrubar a barraca. Pedi um tempo para chamar um advogado, mas eles não aceitaram e demoliram tudo”, afirma.
A decisão foi da Justiça, depois que a concessionária da Marechal Rondon entrou com pedido de reintegração de posse dos terrenos de 22 barracas que ficam em um trecho de 20 quilômetros, entre as cidades de Murutinga do Sul (SP) e Mirandópolis (SP). Antes os comerciantes tinham uma licença concedida pelo DER, que não foi renovada pela atual responsável pela rodovia.
A concessionária alega risco aos motoristas porque as estruturas ficam muito perto do acostamento, mas quem costuma frequentar as barracas discorda. “De acidente não tem risco nenhum de acontecer e acho péssimo tirar as barracas, porque é um ótimo ponto de distração, pode comer um lanche, tomar um suco e descansar um pouco”, diz o agricultor Moacir Cristiano Ferreira.
Apenas 11 barracas continuam funcionando, como a do comerciante Adão Zequin Fontes. Há 20 anos ele vende no ponto frutas, doces e sucos. Só que agora, o comerciante convive com o medo todos os dias, porque a qualquer momento a barraca dele pode ser demolida também. “Trabalho sempre preocupado, porque não se sabe quando eles vão aparecer e, quando isso acontecer, o que vou fazer com a mercadoria?”, diz o comerciante.
Os comerciantes entraram na Justiça e querem que concessionária seja obrigada a renovar as licenças, e também pedem uma indenização para quem teve a barraca demolida. “Essas barracas têm um custo, e também tem o lucro cessante, já que não tem mais para onde escoar a produção”, afirma o advogado dos comerciantes, Nilson Donizete Amante. A Via Rondon, concessionária responsável pela estrada, reafirmou que os locais onde estão as barracas são faixas de segurança e não podem ter construções.
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