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Um
robô vai ser usado nas cirurgias de pacientes do Instituto do Câncer do Estado
de São Paulo (Icesp), ligado ao governo paulista. Sentados à frente de um
console, os médicos irão guiar o robô, que vai permitir uma visãotridimensional
e com profundidade, propiciando maior precisão nas intervenções quando
comparadas às técnicas de videolaparoscopia e convencionais.
O
robô será usado nas cirurgias de cinco especialidades oncológicas: urologia,
ginecologia, cabeça e pescoço, aparelho digestivo e tórax. A expectativa é que
o uso do equipamento reduza o tempo de recuperação e menor dor para o paciente,
além de um menor período de internação. Foram feitas três cirurgias no Icesp
com o robô no mês de fevereiro. Todas para a retirada de tumores malignos da
próstata.
O
professor titular de cirurgia do aparelho digestivo da Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo, a qual o Icesp é ligado, Ivan Ceconello, explicou
que o objetivo do projeto científico é comparar o uso da nova tecnologia com os
métodos utilizados atualmente no hospital. “O resultado será em três anos e
temos disponibilidade para 500 operações nesse período. A técnica é promissora
e tem muita chance de dar certo. Para nós, é muito bom estar ocorrendo isso em
um hospital de grandes operações”.
Ceconello
disse que diversos hospitais privados já usam a tecnologia, mas apenas três
públicos oferecem esse tipo de cirurgia. O robô custou R$ 10 milhões e a
manutenção fica em torno de R$ 500 mil por ano. Apesar do alto custo, o
professor diz que o equipamento é vantajoso por oferecer menor desgaste para o
cirurgião, diminuir o risco de falhas (como tremores), variedade de movimentos
e a visão tridimensional. “Esse robô aumenta a imagem e, em muitas vezes, o que
permite que sejam vistos detalhes que podem passar a olho nu em uma operação
aberta”. Na primeira fase, serão treinados 30 profissionais, e a cada
dois meses uma especialidade nova vai entrar no trabalho.
“O
que deverá ocorrer é que serão selecionadas as operações a serem feitas em cada
um dos métodos, de acordo com a necessidade e funcionalidade. Isso vamos ter
que determinar”, disse.
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