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Números
do Censo 2010, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatísticas, apontam um aumento de 0,78% nos casos de trabalho infantil em
Três Lagoas no período de dez anos. Conforme contagem, até 2000, a cidade
possuía 1.702 crianças e adolescentes entre 10 e 17 anos trabalhando. Já em
2010, esse número passou para 1.715. O aumento parece pequeno, apenas 13 casos,
mas vai de encontro da realidade brasileira. Em 2010, foram contados 3,4
milhões de crianças e adolescentes trabalhando, aproximadamente 530 mil a menos
se comparado ao índice encontrado em 2000. As
informações são do Jornal do Povo.
Ainda,
segundo dados do IBGE, entre crianças de 10 a 15 anos, houve uma queda de 8.85%
em dez anos, passando de 644 casos (2000) para 587 ocupadas na semana de
referência em 2010. Já entre os adolescentes de 16 e 17 anos, houve um
acréscimo de 6.62% (70 casos a mais, passando de 1.058, em 2000, para 1.128, em
2010).
O
Censo aponta também crescimento de 6.66% entre adolescentes do sexo masculino.
Em 2000, foram contabilizados 1081 garotos trabalhando, contra 1.153, em 2010.
Já entre crianças e adolescentes do sexo feminino, o índice caiu em quase 10%.
No Censo de 2000, foram encontradas 621 meninas trabalhando. Já em 2010, o
número foi de 563 (9,34% a menos).
A
contagem demonstra ainda que a maior parte das crianças e adolescentes que
trabalhavam até 2010 está concentrada na área urbana: 1.535 delas. Entretanto,
o trabalho infantil na área rural do município teve aumento, passando de 167
para 225, de 2000 para 2010.
DENÚNCIAS
Conforme
a conselheira tutelar, Mirian Monteiro HerreiraHamed, apesar de os números do
IBGE, ainda são poucas as denúncias sobre trabalho infantil em Três Lagoas. Ela
não soube precisar números, devido a uma falha no sistema do Conselho Tutelar,
mas estimou a média de uma única denúncia ao mês. “Temos muitas ligações
relatando casos de abuso sexual, exploração e maus-tratos. Mas, no que se
refere à exploração do trabalho infantil, realmentesão poucas as denúncias”,
completou.
A
conselheira explica que um dos motivos pode estar relacionado ao fato de que
muitos apoiam a iniciativa de jovens em querer trabalhar. “Para a maioria, é
melhor estar trabalhando do que estar na rua”. Mas, ela alerta para a
necessidade de ingressar no mercado de trabalho de forma segura, com todos os
benefícios garantidos. “Adolescentes entre 14 e 16 anos podem trabalhar por
meio de projetos como menor aprendiz. Nesse caso, é exigida a permanência na
escola. Ele irá trabalhar no máximo meio período para não atrapalhar os estudos
e terá todos os direitos garantidos.”. Adolescentes com 16 anos ou mais também
podem trabalhar e devem exigir todos os benefícios, desde que o local não seja
insalubre.
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