Continua após os destaques >>
As novas fábricas de celulose a serem construídas no Brasil terão nova configuração. Além de garantir o fornecimento para as operações, serão capazes de prover quantidades significativas de energia elétrica ao sistema nacional. Esse modelo, anunciado nos projetos de expansão da Suzano Papel e Celulose, estará presente nos investimentos da Fibria. A Klabin, em meio às análises sobre uma nova fábrica, também promete utilizar as tecnologias mais avançadas na nova unidade. Com informações do Jornal O Estado de São Paulo.
"Todos
os grandes projetos do setor devem ser autossuficientes", destaca o
gerente da área de Papel e Celulose da Siemens, Walter Gomes Junior.
A
Siemens, além de parceria da Suzano no projeto maranhense, também está
envolvida na construção da fábrica da Eldorado em Três Lagoas (MS) e da joint
venture entre a sueco-finlandesa Stora Enso e a chilena Arauco no Uruguai.
A
concorrente Fibria também planeja trabalhar com excedente de energia nos novos
projetos. De acordo com o gerente geral de Meio Ambiente Industrial da
companhia, Umberto Cinque, a construção da segunda fábrica da Fibria em Três
Lagoas poderia elevar o excedente de energia na rede local dos atuais 30 MW
para 150 MW. Esse volume não considera eventual repasse energético para a
International Paper (IP), com quem a Fibria possui parceria para fornecimento
local de utilidades.
A
Fibria, por ser uma empresa focada especificamente na produção de celulose após
a venda de ativos no segmento de papel ao longo dos últimos meses, é uma das
mais eficientes do País. Atualmente, 80% da energia consumida pela companhia
são provenientes de recursos renováveis.
"A referência internacional prevê consumo específico de energia de 1,2 MW
hora por tonelada (produzida) e hoje todas as nossas unidades estão com níveis
abaixo de 1 MW hora por tonelada", destaca Cinque.
Levantamento
da Associação Brasileira de Papel e Celulose (Bracelpa) aponta que a geração
elétrica do setor cresceu 7,8% entre 2009 e 2010 e a energia elétrica vendida
teve alta de 25,1% no período. Hoje, quase 85% da matriz energética da
indústria de papel e celulose provém do uso de licor negro (subproduto da
celulose) e de biomassa, por isso o consumo de energia pelo setor é pouco
expressivo.
Destaques >>
Leia mais notícias em andravirtual
Curta nossa página no Facebook
Siga no Instagram