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O
vereador de Porto Alegre Mauro Zacher (PDT) briga na Justiça para não ter mais
resultados com seu nome em buscas no Google. Ele alega que o sistema traz
"notícias falsas e tendenciosas", que têm prejudicado sua honra.
A juíza Anaísa Accorsi Peruffo, da 1.ª Vara Cível do Foro Regional 4.º Distrito
de Porto Alegre, negou a liminar. Para a magistrada, mesmo que o acesso fosse
bloqueado pelo Google há outras formas de localizar as notícias, como nos
próprios veículos em que foram publicadas e por meio de outros mecanismos de
busca na internet. Além disso, entre outros argumentos, ela menciona a violação
da liberdade de expressão.
"Os órgãos de comunicação, é verdade, não estão obrigados a apurar, em
todos os casos, a veracidade dos fatos antes de torná-los públicos. Se tal lhes
fosse exigido, a coletividade ficaria privada do direito à informação, que deve
ser contemporânea às ocorrências", afirma a juíza, na decisão. Ela
defende, ainda, que não se pode falar em violação à privacidade, porque Zacher
é uma pessoa pública.
Uma busca no Google revela, entre outras notícias sobre o vereador, uma dívida
que ele foi intimado a pagar junto à PUC do Rio Grande do Sul, onde presidiu o
DCE. Ele também aparece entre os investigados da CPI do Programa Nacional de
Inclusão de Jovens (ProJovem).
