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A
comissão de reforma política do Senado aprovou hoje (6) o entendimento do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a fidelidade partidária, segundo o qual
o mandato pertence aos partidos, e não aos eleitos. Com isso, o abandono da
sigla sem justa causa acarretará perda do mandato.
O
presidente da comissão, senador Francisco Dornelles (PP-RJ), afirmou que
pretende apresentar o relatório final dos trabalhos ainda esta semana. A ideia
é compilar os itens aprovados e transformá-los em anteprojeto de lei a ser
votado pelo plenário da Casa.
A
comissão também manteve a decisão do TSE sobre a cláusula de barreira,
permitindo que apenas terão direito do funcionamento parlamentar os partidos
com no mínimo três representantes de diferentes estados. Em relação ao limite
de gastos, uma lei deve limitar os valores para os partido.
Também
foi aprovada pela comissão a proposta apresentada pelo senador Itamar Franco
(PPS-MG) em relação à possibilidade de candidaturas avulsas. Segundo o texto,
poderá haver candidaturas avulsas exclusivamente para as eleições municipais
(prefeitos e vereadores), sendo obrigatório o apoio de um percentual mínimo de
eleitores na circunscrição para o qual o candidato pleiteie o registro
Em
relação à filiação partidária e ao domicílio eleitoral, a comissão manteve a
legislação atual. Ela diz que para se candidatar é preciso que o político tenha
domicílio eleitoral na respectiva circunscrição pelo prazo de pelo menos um ano
antes do pleito. Também deverá estar filiado a um partido pelo mesmo prazo.
A
comissão de reforma política negou, por 7 votos a 6, a proposta de federação de
partidos. Dornelles argumentou que não faz sentido aprovar a federação
partidária, já que a comissão havia proibido a existência de coligações.
Amanhã
(7), último dia de trabalho da comissão, serão analisadas as propostas de
aplicação de quotas para as mulheres e a que permite consulta popular.
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