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A intensidade do
terremoto de 8,9 graus na escala Richter que atingiu o Japão hoje (11) foi uma das experiências mais assustadoras já vivenciadas pela
webdesigner Naomi Okano. Mesmo já tendo enfrentado outros tremores de terra ao
longo dos 15 anos em que vive no país com um irmão e a cunhada e estando
distante da região mais afetada, a jovem disse que nunca ficou tão abalada.
“Foi a primeira vez que eu, de fato, senti medo”,
declarou Naomi ao narrar à Agência Brasil, por telefone, a sensação de estar em
meio ao pior terremoto da história recente do Japão. Até agora, foram
registrados cerca de 40 mortos e 40 desaparecidos. Não há registro de
brasileiros entre as vítimas. Segundo a embaixada brasileira no Japão, 254 mil
brasileiros vivem regularmente no país.
De acordo com Naomi, ao menos na capital, onde a
maioria das construções é projetada para suportar os terremotos, não houve
tumulto. Ela se apressou a tranquilizar os brasileiros que têm parentes ou
amigos no Japão.
“As cenas que estão sendo exibidas são muito
fortes, mas eu diria a todos que fiquem calmos porque, apesar de tudo, a
maioria de nós está bem. Muitos só não conseguiram ainda fazer contato porque
os telefones estão sobrecarregados e as operadoras de telefonia não estão
conseguindo dar conta”, disse Naomi.
Segundo a jovem, embora as autoridades recomendem
a quem estiver em local seguro que permaneça onde está e o serviço de trens
tenha sido interrompido, quem tem família tenta voltar para casa de ônibus,
táxi ou até mesmo caminhando. “Mas o povo japonês é muito educado e mesmo numa
calamidade destas o que se vê é muita organização. As pessoas respeitam
inclusive as filas nos pontos de ônibus”, destacou Naomi.
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