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A visita ao Brasil do presidente dos Estados Unidos, Barack
Obama, nos dias 19 e 20 de março, despertará a atenção para temas sociais e
raciais, além do fim da discriminação como um todo, assim como as questões
econômicas, políticas e comerciais. O ministro das Relações Exteriores, Antonio
Patriota, vai a Washington, na próxima quarta-feira (23), para fechar os
detalhes sobre a agenda de Obama em Brasília e no Rio de Janeiro.
“O presidente Obama é o primeiro presidente afrodescendente
dos Estados Unidos e o Brasil é um país com uma grande população de
afrodescendentes. Queremos dar o maior conteúdo possível à viagem do presidente
nos setores econômico, comercial e político, afinal os Estados Unidos são o
segundo parceiro individual do Brasil [o primeiro é a China]”, afirmou o
chanceler.
Patriota concedeu hoje (18) entrevista, que durou cerca de
uma hora, a 12 rádios regionais, durante o programa Bom
Dia, Ministro, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da
Presidência em parceria com a EBC Serviços. A
entrevista foi ao ar nesta manhã. “Temos uma histórico de relações com os
Estados Unidos. [Vamos buscar também] cooperação em ciência e tecnologia,
biocombustíveis. Será uma visita da reafirmação [dos povos brasileiro e
norte-americano].”
Uma das preocupações da comitiva de Obama é com segurança,
pois ele desembarcará no Brasil com a primeira-dama, Michelle, e as filhas
Sasha e Malia, além de uma comitiva que deve reunir cerca de mil pessoas.
A ideia é que Obama e a presidenta Dilma Rousseff assinem,
pelo menos, dez acordos bilaterais. Um deles deve estabelecer a cooperação
econômica e comercial com o objetivo de atenuar as barreiras sanitárias para
produtos, como frutas e carne.
Também estão na pauta de discussões as mudanças climáticas e
propostas para o desenvolvimento sustentável, assim como a desvalorização da
moeda americana – gerada por medidas unilaterais, inclusive por parte dos
Estados Unidos, para o fortalecimento da economia interna –, que causa o
desequilíbrio global.
Para acertar os detalhes desses acordos, na próxima semana,
Patriota se reúne com a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton,
e pode conversar também com o secretários do Tesouro, Timothy Geithner, e do
Conselho de Segurança (o equivalente à Casa Civil), Tom Millon.
No último dia no Brasil, no domingo (20), Obama estará no
Rio de Janeiro. A assessoria do presidente norte-americano quer que ele visite
uma comunidade onde há uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPPs). A tendência
é escolher uma comunidade na zona sul da cidade. O presidente norte-americano
também se prepara para participar de um evento público em que discursará. Mas
ainda não foi definido o local.
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