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Os preços atrativos da arroba do
boi em Três Lagoas têm atraído os frigoríficos paulistas, principais
compradores de gado vivo do município. A exemplo dos municípios de Dourados e
Campo Grande, em Três Lagoas as cotações estão fixadas em R$ 95 à vista e R$ 96
a prazo. Em São Paulo a arroba fechou a semana em R$ 101,50 à vista e R$ 102,50
a prazo, motivo da opção da indústria frigorífica daquele Estado às fazendas de
MS. As informações são do portal Perfil News.
Segundo a Scot Consultoria,
empresa especializada na avaliação dos preços do setor, a cotação da arroba do
boi no mercado físico brasileiro segue sustentada mesmo no período em que
tradicionalmente os preços ficariam mais baixos, por conta da maior oferta sazonal.
A empresa ainda informou que o
número restrito de animais prontos para o abate é o principal fator que mantém
os preços firmes no mercado brasileiro. "A pressão de alta sobre a arroba
persiste, em plena safra, período típico de oferta melhor", observa o
analista da Scot, Alex Lopes da Silva.
Silva também reinterou nesta
época do ano, começa a aumentar gradativamente a oferta de bois para abate
terminados a pasto, mas a seca entre setembro e outubro de 2010 atrasou o
processo de recuperação das pastagens brasileiras, estendendo o processo de
engorda dos animais.
Logo após este período, ele
explica, a arroba atingiu preços recordes em novembro, estimulando os
pecuaristas a abater animais com menos de 17 a 18 arrobas, considerado o peso
mais adequado para o abate. "Justamente, os animais que estariam entrando
no mercado agora", diz Silva.
OFERTA LIMITADA
A oferta limitada tem reflexo
direto na escala de abates dos frigoríficos brasileiros. Segundo Silva, muitas
destas unidades tem estoques de animais para cobrir a demanda de 2 a 3 dias, o
que é considerado muito restrito. "Os frigoríficos que têm maior disponibilidade
de animais para serem abatidos, trabalham com escalas de no máximo 5
dias", observou Silva. Ele acrescentou que as unidades que têm demanda
mais imediata precisam elevar as ofertas aos pecuaristas.
Silva observa que a pressão
poderia ser até maior, mas com os preços altos no varejo muitos consumidores
vêm optando por cortes dianteiros, que são mais baratos, e pela carne de
frango, em detrimento dos cortes traseiros, considerados mais nobres. "A
demanda está patinando um pouco neste começo de mês", disse.
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