Segundo um estudo de
Dra.Eva Peters - alemã considerada uma das maiores estudiosas com interesse na
pesquisa relacionada ao estresse -, um dos motivos pelo qual há uma relação
entre o estresse e a queda de cabelos é a liberação de substâncias químicas de
origem no tecido nervoso. Este estudo em particular tem importância, porque
liga o sistema nervoso à pele (folículos pilosos mais diretamente), fazendo com
que substâncias produzidas e secretadas pelas células nervosas provoquem perda
capilar. Substâncias estas produzidas em maiores quantidades em situações de
estresse.
Porém, esse não foi o
único estudo que comprovou o fato. É o que o Doutor Ademir Júnior,
dermatologista, nos conta. "Um estudo em especial relaciona outro
hormônio, a melatonina, produzida pela nossa glândula pineal e responsável por
um sono de qualidade. Ela é reconhecidamente um forte protetor da queda de
cabelo provocada pelo estresse, impedindo que substâncias como o Cortisol e o
NGF (do estudo da Dra Eva) venham a causar danos nos folículos", explica.
"Outra informação relevante é a de que a melatonina só é produzida durante
o sono pela noite. Quando dormimos ao longo do dia não produzimos esta
substância", completa.
Portanto, esteja atenta.
Uma rotina de muitas preocupações e estresse pode não só provocar queda de
cabelo, como também outras complicações como gastrite, hipertensão, arritmia,
distúrbios neurológicos ou psiquiátricos, alergias, doenças autoimunes, entre
outras. Os sintomas de estresse variam de indivíduo para indivíduo e é bom
verificar se você não está exagerando.
Existem tratamentos com
suplementos nutricionais à base de aminoácidos ou medicamentos, mas o Doutor
Ademir alerta que a melhor coisa é a mudança de hábitos: "Creio que elas
são essenciais.Alimentação, tempo para lazer, atividades físicas, dormir melhor,
dar risada, conversar com amigos, não se drogar, evitar exageros com bebidas,
meditar, ter um núcleo familiar/de amigos que ajude a recarregar as baterias,
fazer terapia (se necessário). Apesar de ser algo que muita gente já sabe, é
muito, mas muito mais difícil praticar tudo isso do que colocar um comprimido
para dentro do corpo. Infelizmente muita gente prefere não mudar e tomar
remédio a mudar e não precisar dos medicamentos.”