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“O Brasil tem expertize de anos de experiência. O Quênia tem terra e disposição de produzir combustível limpo para a gente poder vender para os países ricos que, a partir de 2020, terão que colocar 10% de etanol na gasolina dos seus carros”, disse Lula em pronunciamento conjunto com o presidente do Quênia, Muar Kibaki.
O Quênia é o terceiro país visitado por Lula na viagem que faz à África esta semana. Já passou por Cabo Verde e Guiné Equatorial e segue ainda hoje para a Tanzânia. A viagem sofre críticas porque a missão visita alguns países comandados por ditadores.
Lula ressaltou que o bloco econômico do Leste da África (EAC, sigla em inglês), formado por Quênia, Burundi, Uganda, Ruanda e Tanzânia, representa 126 milhões de habitantes. Lula defendeu a aproximação do Mercosul com esse mercado.
O Quênia é um dos países mais industrializados da África. A economia tem crescido nos últimos anos, apesar do freio da crise mundial, que repercutiu no ano passado. O setor de serviços cresce puxado pelo turismo. Atualmente, a prestação de serviços representa 62% do PIB do país. Já a fatia da agricultura corresponde a 21,4% e a indústria, 16,3% do PIB. Estudos feitos pela consultoria Economist Intelligence Unit, citados pelo próprio governo brasileiro, apontam que a economia do Quênia crescerá 3,4% em 2010 e 5% em 2011.
As relações comerciais entre Brasil e Quênia nos últimos sete anos aumentaram seis vezes. Passaram de US$ 14 milhões em 2003 para US$ 91 milhões no ano passado apesar dos efeitos da crise financeira mundial, que fez a corrente de comércio entre os dois países encolher 11% em relação ao ano anterior.
A missão comercial na África é a última de Lula no governo. No próximo domingo (11), o presidente assistirá a final da Copa do Mundo, em Johanesburgo, na África do Sul.
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