Guerra virtual pode ameaçar infraestrutura de países, diz relatório

Guerra virtual pode ameaçar infraestrutura de países, diz relatório

Estados Unidos, Rússia, França, Israel e China estão equipados com armas cibernéticas, segundo um relatório divulgado nesta terça-feira (17) pela empresa de segurança na internet McAfee. O estudo também afirma que os ataques virtuais com motivação política aumentaram nos últimos meses.

O relatório, apresentado anualmente pela Mcafee, aponta que a Casa Branca, o Departamento de Segurança Interna, o Serviço Secreto e o Departamento de Defesa dos EUA foram vítimas de ataques cibernéticos com motivações políticas.

As investidas, em forma de "negação de serviço" (DNS), aconteceram de forma coordenada no dia 4 de julho, data em que o país comemora sua independência. As ações também afetaram o Departamento do Tesouro, a Bolsa de Nova York, a Nasdaq, a Amazon e a Yahoo!.

Poucos dias depois, onze sites do Governo sul-coreano foram "apagados" pela mesma rede de 50 mil computadores "zumbis" (infectados por ameaças e comandados à distância por hackers) utilizados para atacar os EUA. Os serviços secretos de Seul acusaram a Coreia do Norte de orquestrar o ataque, acrescentou o relatório.

Ataques na infraestrutura

Dmitri Alperovitch, vice-presidente do setor de investigação de ameaças da McAfee, aponta no relatório que se os ataques contra EUA e Coreia do Sul tiveram realmente origem na Coreia do Norte, a motivação poderia ter sido provar o impacto dos ataques nas comunicações entre os dois países e seu efeito nas de caráter militar.

A McAffe anunciou que os países estão desenvolvendo suas capacidades bélicas no ciberespaço, o que qualificou como uma "corrida de ´ciberarmas´" que tem como alvo redes de informações governamentais e outras infraestruturas críticas para o funcionamento dos países. O relatório assinala que os alvos teóricos e reais destes ataques são redes elétricas, sistemas de transporte, telecomunicações, finanças e fornecimento de água, "porque o dano pode ser feito de forma rápida e com pouco esforço".

Entretanto, o relatório também advertiu que é o setor privado o que se encontra em maior risco de ataque, em parte porque a infraestrutura crítica de um país está normalmente em mãos de companhias privadas e em parte porque o setor depende dos Governos para prevenir os ataques. Vale lembrar que, no final da semana passada, o eBand expôs a falha de segurança no site do ONS (Operador Nacional de Sistema Elétrico) que deixava exposto acesso a telas de login de controles - mais tarde confirmada, mas desvinculada do apagão segundo a própria entidade.

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