Operação Gênese prende 2.191 pessoas no Estado
Operação Gênese prende 2.191 pessoas no Estado

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Polícia Civil de São Paulo realizou uma megaoperação hoje (29/10) em todo o Estado e, em menos de 12 horas, prendeu 2.191 pessoas. Entre os presos, estavam condenados por homicídio desde 2000. Na Seccional de Campinas, que engloba as cidades de Campinas, Valinhos, Vinhedo, Indaiatuba e Paulínia, 114 foram presos, sendo 17 menores, além de 111 máquinas caça-níqueis apreendidas em Indaiatuba.
De acordo com o delegado-geral Domingos Paulo Neto, a operação teve como um dos principais objetivos “valorizar o trabalho de inteligência da Polícia Civil”. Do total de presos, 1.601 foram alvo de mandados judiciais; 509 foram presos em flagrante e 81 já eram foragidos da Justiça. Ao todo, 9.299 policiais civis (em 3.024 carros) participaram da operação.
Em média, a Polícia Militar (PM) prende em flagrante cerca de 240 pessoas por dia (dados de agosto deste ano). Na operação de ontem, também foram apreendidas 112 armas e 102 quilos de droga. A PM, que não participou do trabalho, apreendeu no mês de agosto, em média, 40 armas por dia.
As ações começaram à 0h e foram encerradas no início da tarde. Em um dos casos, a polícia conseguiu libertar do cativeiro dois donos de um bar na zona Leste da Capital que eram mantidos reféns por três homens, que foram presos.
Em outra ação, uma equipe do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) foi recebida a tiros na favela da Rua Alba, na zona Sul da Capital. Os policiais pediram reforço e trocaram tiros com criminosos: foram presas 13 pessoas, entre elas um adolescente suspeito de assassinato.
Ninguém morreu na operação, de acordo com a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP). Apenas um policial civil ficou ferido após cair de um telhado em São José do Rio Preto (a 342 quilômetros de Campinas). Entre os presos pelo DHPP, havia procurados que estavam condenados desde o ano 2000. Mas, segundo a delegada Elizabete Sato, os criminosos não eram detidas porque eram de “difícil localização”. “Essas pessoas mudam muito de lugar”, afirmou a policial.
A operação, denominada Gênese pela SSP, foi realizada dois dias antes da divulgação dos dados trimestrais sobre a criminalidade em São Paulo. No trimestre passado, aumentaram os casos de homicídios, latrocínios e roubos.
Desde junho de 2007, quando foram presas 2.532 pessoas, a polícia não prendia tanta gente em um só dia. Na época, a operação foi realizada em meio às investigações sobre ligação de policiais com caça-níqueis.
Mudança no discurso
“Números são expressivos e vejo a capacidade de operação e operacionalização da Polícia Civil, o grau de sigilo dessa operação, que é de grande vulto e o grau de profissionalismo da Polícia Civil. Esses são alguns aspectos que precisam ser ressaltados”, disse hoje (29/10) o secretário da Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, ao comentar o resultado da Operação Gênese.
Há pouco mais de dois meses (em 26 de agosto), durante um debate sobre segurança pública, Ferreira Pinto declarou que a Polícia Civil estava em situação de “absoluta inépcia e letargia”. Ainda naquele dia, Ferreira Pinto elogiou a PM (onde trabalhou 16 anos e saiu como capitão) e disse dedicar tempo para “resolver os problemas cruciais da (Polícia) Civil”.
Segundo a SSP, a Operação Gênese foi batizada assim porque “representa o surgimento de uma nova Polícia Civil, totalmente integrada”.
Polícia desmonta megalaboratório de DVDs piratas
Um megalaboratório para gravação de DVDs piratas foi desmontado dentro da Operação Gênese em uma casa da Rua Luiz Tércio Rocatto, no Jardim Planalto de Viracopos, região Oeste de Campinas. Um homem foi detido como responsável pela gravação ilegal. Um adolescente, que estava no local, relatou que eram gravados 3 mil discos diariamente — mais de 1 milhão por ano. Hoje (29/10), havia 10 mil DVDs no local. O laboratório ocupava dois cômodos. Em um dos quartos ficavam empilhados os DVDs gravados e embalados, assim como os que aguardavam serem colocados em boxes ou capas. No segundo cômodo, estavam dispostas 14 torres, com quase 100 gravadores de mídias, além de quatro impressoras, usadas para as capas dos DVDs. Depois de montados, eram enviados para bancas de camelôs.
De acordo com o delegado-geral Domingos Paulo Neto, a operação teve como um dos principais objetivos “valorizar o trabalho de inteligência da Polícia Civil”. Do total de presos, 1.601 foram alvo de mandados judiciais; 509 foram presos em flagrante e 81 já eram foragidos da Justiça. Ao todo, 9.299 policiais civis (em 3.024 carros) participaram da operação.
Em média, a Polícia Militar (PM) prende em flagrante cerca de 240 pessoas por dia (dados de agosto deste ano). Na operação de ontem, também foram apreendidas 112 armas e 102 quilos de droga. A PM, que não participou do trabalho, apreendeu no mês de agosto, em média, 40 armas por dia.
As ações começaram à 0h e foram encerradas no início da tarde. Em um dos casos, a polícia conseguiu libertar do cativeiro dois donos de um bar na zona Leste da Capital que eram mantidos reféns por três homens, que foram presos.
Em outra ação, uma equipe do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) foi recebida a tiros na favela da Rua Alba, na zona Sul da Capital. Os policiais pediram reforço e trocaram tiros com criminosos: foram presas 13 pessoas, entre elas um adolescente suspeito de assassinato.
Ninguém morreu na operação, de acordo com a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP). Apenas um policial civil ficou ferido após cair de um telhado em São José do Rio Preto (a 342 quilômetros de Campinas). Entre os presos pelo DHPP, havia procurados que estavam condenados desde o ano 2000. Mas, segundo a delegada Elizabete Sato, os criminosos não eram detidas porque eram de “difícil localização”. “Essas pessoas mudam muito de lugar”, afirmou a policial.
A operação, denominada Gênese pela SSP, foi realizada dois dias antes da divulgação dos dados trimestrais sobre a criminalidade em São Paulo. No trimestre passado, aumentaram os casos de homicídios, latrocínios e roubos.
Desde junho de 2007, quando foram presas 2.532 pessoas, a polícia não prendia tanta gente em um só dia. Na época, a operação foi realizada em meio às investigações sobre ligação de policiais com caça-níqueis.
Mudança no discurso
“Números são expressivos e vejo a capacidade de operação e operacionalização da Polícia Civil, o grau de sigilo dessa operação, que é de grande vulto e o grau de profissionalismo da Polícia Civil. Esses são alguns aspectos que precisam ser ressaltados”, disse hoje (29/10) o secretário da Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, ao comentar o resultado da Operação Gênese.
Há pouco mais de dois meses (em 26 de agosto), durante um debate sobre segurança pública, Ferreira Pinto declarou que a Polícia Civil estava em situação de “absoluta inépcia e letargia”. Ainda naquele dia, Ferreira Pinto elogiou a PM (onde trabalhou 16 anos e saiu como capitão) e disse dedicar tempo para “resolver os problemas cruciais da (Polícia) Civil”.
Segundo a SSP, a Operação Gênese foi batizada assim porque “representa o surgimento de uma nova Polícia Civil, totalmente integrada”.
Polícia desmonta megalaboratório de DVDs piratas
Um megalaboratório para gravação de DVDs piratas foi desmontado dentro da Operação Gênese em uma casa da Rua Luiz Tércio Rocatto, no Jardim Planalto de Viracopos, região Oeste de Campinas. Um homem foi detido como responsável pela gravação ilegal. Um adolescente, que estava no local, relatou que eram gravados 3 mil discos diariamente — mais de 1 milhão por ano. Hoje (29/10), havia 10 mil DVDs no local. O laboratório ocupava dois cômodos. Em um dos quartos ficavam empilhados os DVDs gravados e embalados, assim como os que aguardavam serem colocados em boxes ou capas. No segundo cômodo, estavam dispostas 14 torres, com quase 100 gravadores de mídias, além de quatro impressoras, usadas para as capas dos DVDs. Depois de montados, eram enviados para bancas de camelôs.