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O presidente deposto afirmou que se trata de um gás tóxico. Ele acredita que a ação foi coordenada pelos militares que cercam a embaixada desde a última segunda-feira (21).
Zelaya disse que o episódio afasta a possibilidade de diálogo com o governo golpista. “Como essas pessoas não respeitam os direitos humanos, o diálogo se deteriora. É muito difícil conversar com elas.”
Nas últimas horas, havia a expectativa de avanço nas negociações para pôr fim à crise. O diálogo estava sendo mediado por quatro dos seis candidatos à Presidência de Honduras.
O representante da Embaixada do Brasil José Wilson informou que no prédio há pessoas expelindo sangue pelo nariz e pela urina. “É um efeito do gás.”
Segundo o cônsul brasileiro responsável pela embaixada, Francisco Catunda, a Cruz Vermelha foi chamada para prestar atendimento dentro do prédio. O médico de Zelaya está do lado de fora, mas ainda não conseguiu entrar.
O chefe dos militares que cercam a embaixada, Jorge Cerrato, negou o uso de qualquer tipo de gás tóxico. “O que acontece lá dentro é que existe um grupo que faz a limpeza do local com equipamentos que têm motores movidos a gasolina. De qualquer forma, os médicos e os representantes dos direitos humanos vão poder entrar para averiguar o que está acontecendo.”
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