Total de homicídios cresce 11% em SP, diz secretaria
Total de homicídios cresce 11% em SP, diz secretaria

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O índice de homicídios no estado de São Paulo cresceu 11% no segundo trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2008, segundo dados da Secretaria da Segurança Pública. O número de roubos também cresceu no período, 18,8%. De acordo com a secretaria, o maior responsável por este aumento foi o interior do estado.
Apesar da piora, a secretaria - a análise do trimestre mostra que o pior pode ter ficado para trás. De fato, depois da escalada registrada em abril e maio, o mês de junho trouxe uma inversão: queda da maioria dos delitos, como roubo de veículos e até mesmo de homicídios.
A mudança teria acompanhado a melhora dos indicadores econômicos, como as reduções da taxa de desemprego e do número de cheques protestados e o aumento do otimismo do empresariado. Assim, o comportamento cíclico da atividade econômica se transformou na principal - mas não única - explicação para a criminalidade. Na análise da secretaria, o período de alta, iniciado há seis trimestres, está interrompido.
O aumento de 33% dos assassinatos no interior no segundo trimestre do ano em relação a ao ano passado foi o grande responsável pelo crescimento no Estado. Em números absolutos, isso significa que os 414 casos de 2008 se transformaram em cerca de 550 em 2009.
Esse movimento fez com que o total de assassinatos registrasse o primeiro aumento significativo em São Paulo desde 1999, quando o estado registrava cerca de 3 mil casos por trimestre. Desde então, houve constantes quedas dos homicídios. Eles chegaram em 2008 ao patamar de mil casos por mês - redução de 70% em comparação com 1999. Com o aumento neste trimestre, houve 1.165 desses crimes no Estado. Na comparação com os três primeiros meses do ano, o crescimento ficou em 2,1%.
Recorde
O aumento de 18,8% do número total de roubos no estado significou um novo recorde em números absolutos da quantidade de registros desses crimes desde o início da série histórica, no terceiro trimestre de 1995. Ao todo foram registrados nas delegacias 68,9 mil roubos no Estado - o recorde anterior pertencia ao primeiro trimestre deste ano, com 65.635 casos comunicados à polícia.
Os dados da criminalidade foram apresentados na quarta-feira (29) aos chefes das polícias Civil e Militar em reunião na secretaria. Durante sua exposição, o chefe da Coordenadoria de Análise e Planejamento (CAP), Túlio Kahn, afirmou que o cenário atual é de estancamento da alta. A piora dos dados parou. Haveria uma desaceleração da alta e uma queda de vários índices a partir de junho. Outro fato tratado na reunião foi que, mesmo nos casos de alta, ela já não era generalizada pelas áreas do Estado, o que confirmaria a tendência de fim do aumento.
Capital
Na capital, a maioria dos índices permaneceu estável, exceto na Zona Norte, que registrou aumento generalizado. A explicação dada pelos policiais para o fenômeno seria que os índices de 2008 foram muito baixos por causa das operações extraordinárias feitas na região pelas polícias Civil e Militar depois do assassinato do coronel José Hermínio Rodrigues, que comandava o policiamento da região, em 16 de janeiro de 2008. Assim, o que estaria fora da normalidade não seriam os dados deste ano, mas os baixos índices registrados em 2008.
Apesar da piora, a secretaria - a análise do trimestre mostra que o pior pode ter ficado para trás. De fato, depois da escalada registrada em abril e maio, o mês de junho trouxe uma inversão: queda da maioria dos delitos, como roubo de veículos e até mesmo de homicídios.
A mudança teria acompanhado a melhora dos indicadores econômicos, como as reduções da taxa de desemprego e do número de cheques protestados e o aumento do otimismo do empresariado. Assim, o comportamento cíclico da atividade econômica se transformou na principal - mas não única - explicação para a criminalidade. Na análise da secretaria, o período de alta, iniciado há seis trimestres, está interrompido.
O aumento de 33% dos assassinatos no interior no segundo trimestre do ano em relação a ao ano passado foi o grande responsável pelo crescimento no Estado. Em números absolutos, isso significa que os 414 casos de 2008 se transformaram em cerca de 550 em 2009.
Esse movimento fez com que o total de assassinatos registrasse o primeiro aumento significativo em São Paulo desde 1999, quando o estado registrava cerca de 3 mil casos por trimestre. Desde então, houve constantes quedas dos homicídios. Eles chegaram em 2008 ao patamar de mil casos por mês - redução de 70% em comparação com 1999. Com o aumento neste trimestre, houve 1.165 desses crimes no Estado. Na comparação com os três primeiros meses do ano, o crescimento ficou em 2,1%.
Recorde
O aumento de 18,8% do número total de roubos no estado significou um novo recorde em números absolutos da quantidade de registros desses crimes desde o início da série histórica, no terceiro trimestre de 1995. Ao todo foram registrados nas delegacias 68,9 mil roubos no Estado - o recorde anterior pertencia ao primeiro trimestre deste ano, com 65.635 casos comunicados à polícia.
Os dados da criminalidade foram apresentados na quarta-feira (29) aos chefes das polícias Civil e Militar em reunião na secretaria. Durante sua exposição, o chefe da Coordenadoria de Análise e Planejamento (CAP), Túlio Kahn, afirmou que o cenário atual é de estancamento da alta. A piora dos dados parou. Haveria uma desaceleração da alta e uma queda de vários índices a partir de junho. Outro fato tratado na reunião foi que, mesmo nos casos de alta, ela já não era generalizada pelas áreas do Estado, o que confirmaria a tendência de fim do aumento.
Capital
Na capital, a maioria dos índices permaneceu estável, exceto na Zona Norte, que registrou aumento generalizado. A explicação dada pelos policiais para o fenômeno seria que os índices de 2008 foram muito baixos por causa das operações extraordinárias feitas na região pelas polícias Civil e Militar depois do assassinato do coronel José Hermínio Rodrigues, que comandava o policiamento da região, em 16 de janeiro de 2008. Assim, o que estaria fora da normalidade não seriam os dados deste ano, mas os baixos índices registrados em 2008.