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Leandro Rossi é um jogador com carreira consolidada no futebol polonês. O
atacante, nascido em Andradina, no interior de SSP, passou por times de menor
expressão no Brasil até chegar no país europeu há dez anos. Desde então, sua
carreira futebolística decolou.
Mas não foi nada simples: Leandro começou lá de baixo, na quarta divisão do futebol polonês. E ele venceu. Hoje, o jogador é considerado um dos maiores ídolos da história do Radomiak Radom e ocupa posição respeitável na primeira divisão do futebol do país, brigando por uma vaga na Liga Europa da próxima temporada.
E como ele foi parar lá? “Eu tenho um amigo meu, ex-jogador, que veio para a Polônia. Ele abriu as portas daqui pra mim. Eu decidi aceitar o desafio e, graças a Deus, deu tudo certo”, conta. Ele também revelou à equipe do Sambafoot que, logo no início, estranhou muito o idioma, a comida, e a temperatura – chegou a enfrentar um frio de -15 graus Celsius assim que aterrissou no país do leste europeu, em março de dez anos atrás. E disse ainda que até o futebol era bem diferente do que ele estava acostumado aqui no Brasil.
“É tudo diferente, até os treinos. No começo, é muito difícil. E o time que fui jogar quando cheguei era pequeno, estava na quarta divisão polonesa. Mas agora está muito mais fácil, tanto para viver quanto para jogar.”
O início no futebol e
a chegada na Polônia
Leandro começou a jogar futebol entre os 13 e 14 anos de idade. Passou pelo Rio Verde, do Mato Grosso do Sul, e por times do interior paulista. Ele era muito próximo aos pais e não pensava em ficar longe deles, mas o mundo da bola é uma caixinha de surpresas. “Ainda bem que eu tinha esse amigo que me deu a oportunidade de vir para a Polônia, pois, na verdade, eu não tive muitas chances no futebol brasileiro. Tive momentos ruins, fiquei dois anos jogando em ligas amadoras, mas a porta da Polônia se abriu e estou aqui até hoje”, celebra.
Questionado sobre a coragem de sair do Brasil para um mundo completamente novo, ele revela que não foi fácil, principalmente para a sua família. “A minha mãe até hoje não entende muito, quer que a gente fique perto. Mas meu pai, que é muito mais durão, disse para eu seguir o meu sonho e o meu caminho que ele cuidava das coisas aí no Brasil”.
As diferenças não se resumem à mudança de país e ambiente: o próprio futebol jogado na Polônia é bastante diferente do que é praticado no Brasil, de acordo com Leandro. “Eu, que joguei em todas as divisões da Polônia, posso dizer que é claro que tem muita diferença com o Brasil. Torcida, estádio… Jogar aqui não é fácil. Outros brasileiros que estão no time comigo acharam que ia ser fácil jogar aqui, mas é bem mais difícil. A cultura tática aqui é muito diferente e o treinador exige muito”, explica.
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