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Pesquisa é do Instituto Brasileiro de Economia da FGV
De acordo com a coordenadora da Sondagem do Consumidor do Ibre, Viviane Seda, a disposição
positiva do consumidor é reflexo da melhoria das expectativas em relação à situação financeira
das famílias. “Houve aumento do valor médio para todas as faixas de renda e também da intenção
de comprar para todas as faixas de renda”, sublinhou.
O indicador que mede a intenção de gastar
para presentear as mães subiu 9,9 pontos,
passando de 59,4, em 2017, para 69,3
este ano, melhor desempenho desde
2014.Viviane destacou que o maior
aumento da intenção de gastos foi
observado para a faixa de renda familiar
mensal entre R$ 4,8 mil e R$ 9,6 mil (14
pontos).
Para a faixa de renda mais baixa, até R$
2,1 mil por mês, o aumento foi menor (6,9
pontos). Apesar disso, essa categoria
apresentou a maior evolução no valor
médio do presente (25%), que atinge R$
63 este ano, contra valor médio de R$ 51 em 2017. Para consumidores com maior poder
aquisitivo (renda familiar superior a R$ 9,6 mil), o preço médio do presente é deR$ 180, contra R$
164 em 2017.
Escolha de presentes paras as mães
O levantamento mostra que vestuário e perfumaria estão entre os itens que lideram a preferência
dos consumidores para a data, citados por 50,4% e 10,6% dos entrevistados, respectivamente.
Viviane Seda disse que vestuário concentra a preferência popular pela maior facilidade de o
consumidor achar preços de todos os tipos. “Tem uma grande variedade de tipos de produtos
dentro do vestuário e a todos os preços. Então, você agrada todos os públicos. Por isso, é mais
fácil esse tipo de produto ser o preferido entre os consumidores”.
Em relação à inflação dos 27 itens mais consumidos pelos brasileiros na data, o levantamento
mostra que a variação média dos serviços e presentes para o Dia das Mães ficou em 2,55%,
abaixo da variação acumulada em 12 meses pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da FGV,
que subiu 2,98% entre maio de 2017 e abril de 2018. Considerando somente os preços dos serviços para o Dia das Mães, a inflação atinge 3,39%. Na parte dos presentes, a taxa alcança
1,32%.
Houve queda de preços em nove dos 13 itens preferidos pelos consumidores para presentear as
mães. Destaque para aparelho celular (-7,91%), aparelho de TV (-6,72%), forno elétrico e de
microondas (-5,27%).
Embora joias e bijuterias sejam preferidas por apenas 2,8% dos consumidores ouvidos pelo IbreFGV
para presentear as mães, a Associação de Joalheiros e Relojoeiros do Rio de Janeiro
(Ajorio) está otimista para o aumento das vendas e prevê crescimento de 6% no faturamento em
comparação ao ano passado. Na avaliação da presidente da Ajorio, Carla Pinheiro, o segmento
começa a recuperar o fôlego depois de um período de estagnação.
“Pesquisas mostram que a melhora no cenário econômico de um modo geral deverá aquecer a
data, e a joia é o tipo de produto que nunca sai de moda”, avaliou. Filiada ao Instituto Brasileiro de
Gemas e Metais Preciosos (IBGM), a Ajorio reúne cerca de 3 mil empresas no estado.
Dicas de compras
Para os consumidores que desejam economizar na hora de adquirir o presente para as mães, o
coordenador do MBA em Gestão Financeira da Fundação Getulio Vargas (FGV), Ricardo Teixeira,
aconselha a não deixar para fazer a compra na última hora. Segundo ele, pesquisar com
antecedência é a melhor maneira de poder comparar preços e benefícios.
Teixeira recomenda ainda que vale a pena pedir desconto na hora de pagar o item adquirido. "Em
tempos de crise, sempre vale negociar um desconto. Caso você não tenha como pagar o valor
total e escolher parcelar a compra no cartão de crédito, evite parcelas com juros. Se vier a
parcelar, porém, lembre-se que você corre o risco de ter o salário comprometido quando a
próxima comemoração chegar”.
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