Continua após os destaques >>
Causada por mais de um tipo de vírus, classificados como A e B, a influenza tem diversos subtipos. Os subtipos A
que mais frequentemente infectam humanos são H1N1 e H3N2, ambos com casos já notificados este ano no Brasil.
Os subtipos B, por sua vez, são classificados como de linhagem Victoria e Yamagata. As informações são da
Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) que publicou uma série de perguntas e respostas sobre os diferentes
tipos vacina utilizadas no país.
Confira abaixo os principais trechos da nota técnica divulgada pela entidade:
Como funcionam as vacinas contra a influenza usadas no Brasil?
As vacinas influenza disponíveis no Brasil são todas inativadas (feitas com vírus morto), portanto, sem a capacidade
de causar doenças. Até 2014, estavam disponíveis no país apenas as vacinas trivalentes, contendo uma cepa
A/H1N1, uma cepa A/H3N2 e uma cepa B (linhagem Yamagata ou Victoria). As novas vacinas quadrivalentes,
licenciadas desde 2015, contemplam, além dessas três, uma segunda cepa B, contendo em sua composição, as
duas linhagens de Influenza B: Victoria e Yamagata. Em 2018, as vacinas trivalente e quadrivalente terão uma nova
cepa A/H3N2 (Singapore), que substituirá a cepa A/H3N2 (Hong Kong) presente no ano anterior.
Qual vacina será utilizada na campanha deste ano feita pelo Ministério da Saúde?
Em 2018, a vacina utilizada na Campanha de Vacinação contra a Gripe do Ministério da Saúde será a trivalente,
contendo uma cepa A/H1N1, uma cepa A/H3N2 e uma cepa B linhagem Victoria.
Este ano, teremos então vacinas tri e quadrivalentes disponíveis no país?
Sim, por alguns anos, deveremos conviver com as duas vacinas. Como ocorreu no passado em que, de acordo com
a epidemiologia, vacinas monovalentes foram substituídas por bivalentes que, por sua vez, foram substituídas por
trivalentes. A tendência para os próximos anos é a produção apenas de vacinas quadrivalentes.
As vacinas influenza podem ser utilizadas na gestação?
Sim, gestantes constituem grupo prioritário para a vacinação, pelo maior risco de desenvolverem complicações e
pela transferência de anticorpos ao bebê, protegendo contra a doença nos primeiros meses de vida.
Pacientes alérgicos ao ovo de galinha podem receber a vacina?
Sim, esses pacientes podem receber a vacina influenza. Alergias a ovo, mesmo graves como a anafilaxia, não são
mais contraindicação nem precaução.
Quais as reações adversas esperadas após a aplicação da vacina?
Os eventos adversos mais frequentes ocorrem no local da aplicação: dor, vermelhidão e endurecimento em 15% a
20% dos vacinados. Essas reações costumam ser leves e desaparecem em até 48 horas. Manifestações sistêmicas
são mais raras, benignas e breves. Febre, mal-estar e dor muscular acometem 1% a 2% dos vacinados de 6 a 12
horas após a vacinação e persistem por um a dois dias, sendo mais comuns na primeira vez em que tomam a
vacina.
Reações anafiláticas são extremamente raras. Em caso de sintomas não esperados (febre muito alta, reação
exagerada, irritabilidade extrema, sinais de dor abdominal, recusa alimentar e sangue nas fezes, entre outros), é
recomendado procurar imediatamente o médico ou serviço de emergência para atendimento e para que sejam
descartadas outras causas.
Crianças que receberam duas doses da vacina em anos anteriores deverão receber duas doses da
quadrivalente este ano?
Não é necessário. A regra geral, tanto para as vacinas quadrivalentes quanto para as trivalentes, é que crianças que
receberam duas doses na primeira vacinação recebam, nos anos seguintes, somente uma dose.
As vacinas influenza podem ser aplicadas simultaneamente com outras vacinas?
As vacinas trivalente e quadrivalente contra a influenza podem ser aplicadas simultaneamente com as demais
vacinas do calendário da criança, do adolescente, do adulto ou do idoso.
Pessoas imunodeprimidas podem tomar as vacinas contra influenza?
Tratam-se de vacinas inativadas, portanto, sem restrições de uso em populações imunocomprometidas, que têm
indicação de vacinação especialmente reforçada.
A entidade tem alguma recomendação com relação às vacinas?
A Sociedade Brasileira de Imunizações recomenda o uso preferencial, sempre que disponível, da vacina
quadrivalente, pelo seu maior espectro de proteção. Porém, a entidade reforça que, na indisponibilidade do
produto, a vacina trivalente deve ser utilizada de maneira rotineira, especialmente em grupos de maior risco para o
desenvolvimento de formas graves da doença.
Destaques >>
Leia mais notícias em andravirtual
Curta nossa página no Facebook
Siga no Instagram