Agência Brasil | Domingo, 11 mar 2018 - 21h00
| Atualizado: Terça-feira, 9 maio 2023 - 01h10
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Quando uma pessoa passa mal em um voo, a tripulação pergunta aos passageiros se existe algum médico a bordo.
É obrigação ética do médico se apresentar para ajudar no atendimento do passageiro. Para dar essas orientações
aos médicos, o Conselho Federal de Medicina (CFM) lança hoje (12) a cartilha Medicina aeroespacial: orientações
gerais para médicos a bordo.
A publicação será disponibilizada para pacientes, médicos e companhias de aviação e traz informações sobre como
agir nessas situações, especialmente pelo fato de estarem em um ambiente estranho, onde as condições de
temperatura e pressão são diferentes e o espaço físico é limitado. Mesmo que os tripulantes recebam treinamento
para situações de emergência, a ajuda de passageiro médico a bordo pode ser solicitada em casos mais graves.
O coordenador da Câmara Técnica de Medicina Aeroespacial do CFM, Emmanuel Fortes, diz que os temas
relacionados à altitude e à adaptação do corpo a essas condições não são tratados com profundidade nas
faculdades de medicina. “Hoje as estatísticas mostram que quase 3 bilhões utilizam o transporte aéreo
anualmente. Metade da população está voando, então temos que ter cuidado mesmo”, diz Fortes.
Entre os problemas de saúde mais frequentes em voos estão desmaios, sintomas respiratórios e cardíacos,
convulsões, náuseas, vômitos e reações alérgicas. Segundo a CFM, as ocorrências médicas a bordo são decorrentes
de estresses fisiológicos relacionados à altitude, e podem agravar-se com doenças preexistentes dos passageiros.
A legislação brasileira obriga as empresas aéreas a disponibilizarem, em aviões comercias, o chamado Conjunto
Médico de Emergência, que contém medicamentos como analgésicos, antialérgicos, além de adrenalina, seringas,
agulhas e equipamentos como desfibrilador e estetoscópio.