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A integração econômica entre os países da América Latina e
do Caribe tornará a região mais competitiva nos mercados internacionais e
estimulará o crescimento no longo prazo, concluiu o Banco Mundial no relatório Better
Neighbors: Toward a Renewal of Economic Integration in Latin America [Melhores
vizinhos: Em Direção a uma Renovada Integração Econômica na América Latina, em
tradução livre], divulgado hoje (14), em Washington. A integração é
especialmente importante para a região que está se recuperando após dois anos
de recessão, diz a instituição.
O banco lembra que, desde os anos 1960, a região vem
promovendo a sua integração, e essas iniciativas se intensificaram a partir de
meados da década de 1990. Ainda assim, as exportações intra-regionais na
América Latina se mantêm em um nível persistente de 20% do total, muito abaixo
dos 60% ou 50% das exportações intra-regionais na União Europeia e no Leste da
Ásia e Pacífico, respectivamente, diz o relatório.
Menos tarifas
O Banco Mundial define uma estratégia com cinco vertentes. A
primeira é a maior redução tarifária externa, o que pode estimular a atividade
econômica local, atrair investimento estrangeiro, proporcionar o intercâmbio de
conhecimento entre países vizinhos na região e facilitar a entrada coletiva nos
mercados globais de exportação.
A outra sugestão é a maior integração econômica entre a
América do Sul, a América Central, o Caribe e o México. “Por meio de novos
acordos preferenciais de comércio (APCs), essas sub-regiões poderão se
beneficiar ainda mais de suas complementariedades e obter ganhos adicionais com
o comércio. Isto será especialmente relevante para economias pequenas que se
integrem com outras maiores”, diz o banco.
Ele também propõe a harmonização de normas e procedimentos,
permitindo que as empresas utilizem materiais provenientes de outros países sem
perder acesso preferencial, como costuma acontecer com as normas estabelecidas
pelos APCs existentes. Para o Banco Mundial, essa estratégia poderá contribuir
para que a região obtenha ganhos mais elevados como consequência desses
acordos.
Alto custo comercial pode ser reduzido
Segundo a instituição, também é preciso concentrar esforços
voltados para a redução do “alto custo comercial”. “A falta de uma
infraestrutura de qualidade e a difícil topografia tornam as distâncias mais
dispendiosas para o comércio latino-americano. O percentual de estradas não
pavimentadas no continente é de aproximadamente 70%, o que faz com que o
transporte terrestre eleve o custo comercial.
A baixa eficiência portuária também faz com que a
conectividade da região com as redes de transporte marítimo e aéreo seja
comparativamente mais fraca e cara”, diz o Banco Mundial.
Por último, ele sugere a integração dos mercados de trabalho
e de capital. “Há espaço para aumentar a eficiência regional por meio de fluxos
migratórios e de capital mais livres na América Latina. A integração dos
mercados de trabalho entre as nações pode contribuir para que os países elevem
a sua produtividade e estimulem o crescimento mediante a transferência
transfronteiriça de conhecimento”.
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