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Pelo 22º mês seguido, mais pessoas foram demitidas do que
contratadas com carteira assinada. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged), divulgado hoje (3) pelo Ministério do Trabalho, o país
fechou 40.864 postos formais de trabalho em janeiro. O número leva em conta a
diferença entre admissões e demissões.
A última vez em que o Caged registrou saldo positivo foi em
março de 2015, quando 19,2 mil vagas haviam sido criadas. Apesar do desempenho
negativo em janeiro, o saldo foi melhor que no mesmo mês de 2015 e 2016, quando
haviam sido extintas 99.694 e 81.744 vagas, respectivamente.
Nos 12 meses encerrados em janeiro, o país acumula o
fechamento de 1,28 milhão de postos formais de trabalho. Em 2016, o país
extinguiu 1,32 milhão de vagas com carteira assinada, com pequena melhora em
relação a 2015, quando 1,54 milhão de empregos haviam sido extintos.
Comércio lidera demissões
Na divisão por setores da economia, o comércio foi o que
mais demitiu em janeiro, com 60.075 vagas encerradas. Na sequência, os setores
de serviços, com 9.525 postos extintos, e a construção civil, com 775 empregos
a menos. A indústria extrativa mineral fechou 59 vagas em janeiro.
Os números, no entanto, apontam sinais de recuperação do
emprego em outros setores. A indústria de transformação, que vinha demitindo
nos últimos anos, abriu 17.501 vagas em janeiro. A agricultura gerou 10.663
postos de trabalho. Na administração pública, as contratações superaram as
demissões em 671 empregos.
Nordeste
Na comparação por regiões, o Nordeste liderou as demissões,
com extinção de 40.803 postos de trabalho em janeiro. Em seguida, vêm as
regiões Sudeste (-30.388 vagas) e Norte (-6.835). O Sul liderou a criação de
empregos, com 24.391 vagas abertas, seguido pelo Centro-Oeste, com 12.771 novos
postos formais.
De acordo com o Caged, nove estados fecharam janeiro com
criação de empregos. O destaque foi Santa Catarina, com aumento de 11.284 vagas
formais, principalmente nos setores de indústria da transformação, serviços e
construção civil.
Em seguida, Mato Grosso, com acréscimo de 10.010 vagas, que
se concentraram na agropecuária e nos serviços. Os estados que mais fecharam
postos formais de trabalho foram o Rio de Janeiro (-26.472) e Pernambuco
(-13.910).
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