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Com a greve dos bancários por tempo indeterminado, a partir
de hoje (6), os consumidores devem procurar meios alternativos para pagar suas
contas. Segundo a Proteste Associação de Consumidores, a greve não pode ser
motivo para protelar pagamentos.
Quem tem conta para pagar e não dispõe de cartão para uso do
caixa eletrônico, pode recorrer às agências lotéricas e até lojas de
departamentos que aceitam a quitação de diversas contas. Mas o cliente que
precisa sacar dinheiro na boca do caixa deve entrar em contato com o banco, por
telefone, e solicitar uma alternativa, orienta a associação.
Quem movimenta a conta pela internet ou nos caixas
eletrônicos não deve ser afetado pela paralisação, pois esses serviços devem
continuar a funcionar normalmente.
Para as pessoas que têm contas a pagar de tarifas públicas,
como água, telefone e energia, é aconselhável ligar para as empresas e negociar
uma forma de pagamento. A Proteste lembra que essas contas podem ser quitadas
em qualquer banco, já que o cálculo de taxas de multas (se já tiver vencido a
data de pagamento) é acordado com a própria empresa que presta o serviço.
O serviço de compensação bancária é considerado atividade
essencial pela legislação brasileira e não pode sofrer qualquer paralisação.
Portanto, cheques e DOCs devem ter a compensação nos prazos normais.
A Proteste lembra que o consumidor está amparado pelo Código
de Defesa do Consumidor para responsabilizar o estabelecimento, caso seja
penalizado com cobrança de multa e juros se não tiver, de forma alguma, como
fazer o pagamento em consequência da greve. Nesse caso, o cliente deve
formalizar a reclamação por meio de uma carta ao banco, aos cuidados do
gerente, relatando os fatos e requerendo as providências cabíveis. Além disso,
acrescenta a Proteste, o consumidor poderá registrar uma queixa no Banco
Central e procurar os órgãos de defesa do consumidor.
Reivindicações
Entre as principais reivindicações da categoria estão
reajuste salarial de 14,78%, sendo 5% de aumento real e 9,31% de correção da inflação;
participação nos lucros e resultados de três salários mais R$ 8.297,61; piso
salarial de R$ 3.940,24; vales-alimentação, refeição, décima-terceira cesta e
auxílio-creche/babá no valor do salário-mínimo nacional (R$ 880); 14º salário;
fim das metas abusivas e assédio moral; fim das demissões, ampliação das
contratações, combate às terceirizações e à precarização das condições de
trabalho; mais segurança nas agências bancárias e auxílio-educação.
A proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos
(Fenaban) inclui reajuste de 6,5%, mais R$ 3 mil de abono. O Comando Nacional
dos Bancários diz que essa proposta representa perda real de 2,8% (ao descontar
a inflação de 9,57%).
Para a Fenaban, se somados o abono e o reajuste, haverá
“ganho superior à inflação na remuneração do ano da grande maioria dos
funcionários do sistema bancário”.
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