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A imprensa dos Estados Unidos repercutiu a informação de que
o Comitê Olímpico Australiano se recusou a hospedar atletas da Austrália na
Vila Olímpica, no Rio de Janeiro, alegando questões de segurança. A vila foi
aberta domingo (24) para as delegações que vão participar dos Jogos Olímpicos e
Paralímpicos Rio 2016, a partir de 5 de agosto próximo.
O jornal The New York Times informou que a recusa
dos australianos se soma à lista de retrocessos e tropeços que estão marcando
os preparativos para os Jogos Olímpicos no Brasil. A publicação afirmou que a
delegação australiana considerou as instalações "impróprias para ocupação"
devido a problemas como, por exemplo, "sanitários bloqueados, vazamento de
tubulações e fiação exposta".
Mas há outros problemas, segundo disse a chefe da missão
australiana nos Jogos Olímpicos, Kitty Chiller: iluminação ruim das escadas,
pisos sujos e vazamento de água pelo teto, que provoca a formação de
"poças no chão em torno de cabos e fios".
Vazamentos
A rede de televisão CBS informou que milhares de
atletas que estão chegando para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro podem
encontrar, em seus apartamentos na Vila Olímpica, aonde vão se hospedar,
defeitos e vazamentos na estrutura hidráulica e problemas nas instalações
elétricas.
A emissora informou que, poucas horas antes da abertura da
Vila Olímpica, funcionários do Comitê Olímpico Internacional e as autoridades
locais fizeram reuniões para tentar encontrar uma solução visando prevenir
riscos relacionados à segurança e falta de conforto para os atletas. A CBS
divulgou o conteúdo da nota em que o Comitê Olímpico Australiano informa que
não vai permitir que seus atletas fiquem hospedados em instalações que não
ofereçam segurança.
Em artigo publicado domingo, o jornal Los Angeles Times faz
uma análise geral sobre o clima que antecede os Jogos Olímpicos. Ele diz que, a
menos de duas semanas da cerimônia de abertura do Rio 2016 "o país
[Brasil] não se sente tomado pelo espírito olímpico". Segundo o jornal, a
programação dos jogos não conseguiu despertar um debate nacional sobre o
assunto e as vendas de ingressos estão lentas. "O sentimento dominante [no
país] não se assemelha nem a um forte apoio [aos Jogos Olímpicos], nem uma
oposição cerrada, mas a uma indiferença", assinala o artigo.
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