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As atenções se voltaram nesse
domingo (28), na cerimônia de entrega do Oscar, realizada no Teatro Dolby, em
Los Angeles, nos Estados Unidos, para o prêmio de melhor ator, que finalmente
fez justiça a Leonardo Di Caprio, após quatro indicações frustradas. O ator foi
laureado por seu trabalho em O Regresso, em que
incorpora o explorador vingativo Hugh Glass.
O filme brasileiro O Menino e o Mundo, do
diretor Alê Abreu, perdeu, na categoria animação, para Divertida
mente, produzido pela Pixar Animation Studios e dirigido por Pete
Docter.
A
entrega do Oscar aos melhores atores, técnicos e filmes de 2015 foi transmitida
para todo o mundo, ao vivo, pela emissora de televisão norte-americana ABC.
Ao
receber a premiação, Di Caprio deu um tom ambientalista ao seu discurso.
"A mudança climática é real. Isso está acontecendo agora. Esta é a ameaça
mais urgente para toda a nossa espécie", disse. "Precisamos apoiar os
líderes de todo o mundo que falam para os povos indígenas, para a humanidade,
as vozes que foram abafadas pela política de ganância”, completou.
O Regresso também rendeu o prêmio de melhor
diretor a Alejandro González, que recebeu seu segundo Oscar, e o de melhor
fotografia a Emanual Lubezki, único na história da premiação a receber a
estatueta por três anos consecutivos.
O título
de melhor filme ficou para Spotlight – segredos revelados,
de Tom McCarthy. também foi considerado o melhor roteiro original. "Este
filme deu voz aos sobreviventes", disse o produtor Michael Sugar, ao
comentar a denúncia feita pelo filme que conta a história de um grupo de
jornalistas, em Boston, que consegue levantar documentos comprovando a prática
de pedofilia praticada por padres católicos. "Esse filme amplifica essa
voz que, esperamos, venha a se tornar um coro que vai ressoar por todo o
caminho até o Vaticano", acrescentou.
Ennio
Morricone, o lendário compositor de trilhas sonoras de filmes como O
Bom, o Mau e o Feio e Os
Intocáveis, finalmente ganhou um Oscar, seu primeiro em seis
indicações. Aos 87 anos, Morricone se tornou o mais idoso vencedor na história
do Oscar, pela trilha do filme Os 8 Odiados, de Quentin
Tarantino.
Indicada
pela primeira vez, Brie Larson levou a estatueta de melhor atriz por O
Quarto de Jack. A sueca Alicia Vikander foi melhor atriz
coadjuvante por A Garota Dinamarquesa.
Mark Rylance foi melhor coadjuvante por Ponte dos Espiões.
Mad Max:
Estrada da Fúria, de George Miller, foi o mais contemplado, com seis prêmios:
mixagem de som, edição de som, montagem, cabelo e maquiagem, design de produção e figurino.
O anfitrião, o comediante negro Chris Rock, tratou com piadas irônicas os protestos feitos à academia de cinema pela ausência de negros nas principais indicações. “A grande questão é: por que estamos protestando? Por que neste Oscar? É a 88ª edição do prêmio. Quer dizer que essa coisa toda de não indicarem negros aconteceu pelo menos outras 71 vezes. Você imagina que poderia ter acontecido nos anos 50, nos 60... e tenho certeza de que não houve indicações. Sabe por quê? Porque nós tínhamos coisas de verdade para protestar naquela época", disse Rock em sua fala inicial.
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