Estudantes da região entram na luta contra o mosquito Aedes aegypti

Estudantes da região entraram na luta contra o mosquito Aedes aegypti com ações dentro dos laboratórios das escolas. A iniciativa chamou atenção da Secretaria Estadual de Educação, que decidiu apoiar os projetos

Leandro Gomes Rasteli, no centro, estuda inseticida contra o mosquito (Foto: Reprodução/TV TEM)
Leandro Gomes Rasteli, no centro, estuda inseticida contra o mosquito (Foto: Reprodução/TV TEM)

Estudantes da região entraram na luta contra o mosquito Aedes aegypti com ações dentro dos laboratórios das escolas. A iniciativa chamou atenção da Secretaria Estadual de Educação, que decidiu apoiar os projetos.

Em Pereira Barreto (SP), alunos da Escola Estadual Coronel Francisco Schmidt estudaram o mosquito e decidiram criar um repelente. Duas estudantes, Lorrany Corrêa e  Ludmila Miraglia Serviano, começaram uma pesquisa no laboratório da escola e trabalharam na fórmula de um hidratante repelente. A loção foi feita à base de essência de citronela, ciclone e hidratante para pele. Todo o projeto foi supervisionado pela professora de biologia, Elda Aguiar Gama, e profissionais da área da saúde.

Lorrany nunca teve dengue, mas amigos e parentes dela, sim. Por isso, ao ver, da janela da sala de aula, possíveis criadouros do mosquito, que transmite pelo menos três doenças, ficou preocupada. “Teve uma chuva aqui na cidade e, pela janela, observei algumas poças de água. Meus amigos reclamavam de picadas. Por isso, resolvi pesquisar e tentar prevenir a picada do mosquito.” A amiga dela, Ludmila, diz que o mosquito além de transmitir dengue, chikungunya e zika vírus, pode provocar elefantíase e entupir os vasos linfáticos. "A picada do mosquito pode causar inchaço e até causar a morte", diz.

O trabalho de escola virou projeto de iniciação científica e está entre outros 147 selecionados pela Secretaria Estadual de Educação. O repelente está em fase de testes, tem até um diário onde tudo é anotado e, de acordo com a professora, já apresenta resultados positivos. “Pensamos no hidratante à base de silicone, que tem aderência melhor e é algo natural e a citronela, que repele o mosquito. Inicialmente, testamos o repelente em nós mesmas, no antebraço, e percebemos que não houve irritação. Cada aluno ou funcionário que passa por aqui a gente passa o repelente e anota no diário se há indicações de vermelhidão ou coceira. Até o momento não houve”, afirma a professora Elda.

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