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Os bancários de São Paulo, Osasco e região decidiram hoje
(1º) entrar em greve a partir da próxima terça-feira (6). Segundo o
sindicato da categoria, cerca de 1.500 profissionais participaram da
assembleia. Eles rejeitaram proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban)
de reajuste de 5,5%, que representam, uma perda real de 4%, segundo o
sindicato.
“Os bancos alegam que o índice oferecido para os
trabalhadores pretende compensar dificuldades decorrentes da inflação passada,
sem contaminar os índices futuros. No passado tiveram lucro líquido de R$ 36
bilhões no semestre e no futuro deveriam reduzir taxas e juros que passam de
400% ao ano [no cartão de crédito], com o objetivo de acelerar a economia”,
disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos bancários de São Paulo,
Osasco e região e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.
“Somente com os ganhos das tarifas bancárias, cerca de R$ 55
bilhões, poderiam gerar quase 2,5 milhões de empregos, com salário médio do
mercado de trabalho, e garantir esses empregos por um ano. Isso, sim, seria
contribuir para a conjuntura econômica”, acrescentou.
Algumas das reivindicações da campanha salarial dos
bancários incluem reajuste de 16% no salário, sendo 5,6% de aumento real, com
inflação de 9,88% (INPC); participação nos lucros de R$ 7.246,82; e piso de R$
3.299,66.
A categoria reivindica ainda o fim das demissões nos bancos,
ampliação das contratações e combate às terceirizações, a fim de melhorar as
condições de trabalho e o atendimento à população, além de melhorar a segurança
nas agências bancárias.
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