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Há 15 anos, morreu o cantor Wilson Simonal. Nas décadas de
1960 e 1970, era o único músico negro com status de grande estrela comandando
plateias que lotavam ginásios.
Wilson Simonal nasceu no Rio de Janeiro no dia 23 de
fevereiro de 1939. Ele começou cantando em bailes até fazer sucesso na
televisão, como no programa Show em Simonal, que apresentou nos anos 1966 e
1967 na TV Record com direção de Carlos Imperial, um dos responsáveis pelo
sucesso do artista. Ele morreu em decorrência de disfunções hepáticas
croônicas, aos 61 anos.
Simonal e a Ditadura
Em 1970, desconfiado de ser vítima de um desfalque, Simonal
demitiu seu contador Rafael Viviani, que moveu uma ação trabalhista contra ele.
No ano seguinte, Wilson pediu ajuda a dois amigos policiais para conseguir uma
confissão do contador.
Depois de ser torturado nas dependências do Dops, para onde
eram levados os presos políticos da Ditadura, Rafael assumiu o desfalque.
Tempos depois ele fez queixa do espancamento, o que resultou um processo
juidical que condenou Simonal a cinco anos de pisão, cumpridos em liberdade.
Simonal foi acusado de ser um colaborador dos órgãos
de repressão, o que nunca foi provado. Mesmo assim, o cantor foi rejeitado pelo
cenário musical e da mídia. Shows e contratos foram cancelados, artistas se
recusaram a trabalhar ao lado dele e as músicas não tocavam mais no rádio. Esse
desprezo, Simonal amargou até o fim da vida. Hoje a família tenta restaurar a
imagem de Simonnal.
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