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A falta de patrocínio levou o basquete brasileiro a atravessar
um momento de crise, conta o diretor da Confederação Brasileira de
Basquete (CBB), Edio Soares. Em entrevista ao Stadium, ele explicou
que desde 2012 a Confederação está sem apoio e a falta de dinheiro pode
comprometer a preparação olímpica.
"O patrocínio que tínhamos era da Eletrobras e se
encerrou no final de 2012, porque o contrato abrangia o ciclo olímpico de 2009
/2012. Tínhamos uma formalização da Eletrobras para a renovação desse contrato
para este ciclo olímpico. Entretanto, com aqueles problemas enfrentados pela
Eletrobras no final de 2012/2013, eles optaram por sair do esporte. Não foi só
da CBB, eles saíram de todos os esportes. E deixaram esta lacuna no
financiamento das nossas atividades, que até hoje não foi possível ser substituído.
Infelizmente, o esporte olímpico não sobrevive sem o apoio das verbas
públicas.", diz.
Edio reclama que "infelizmente, o basquetebol é a única
das grandes modalidades que está desde 2012 sem o patrocínio de uma estatal,
como tem as nossas co-irmãs que por isso conseguem desenvolver bem o seu
trabalho. O basquete vem sofrendo com esta falta de recursos". O diretor
da Confederação de Basquete também explica que "esporte sem dinheiro
não é possível se desenvolver, então há três anos estamos acumulando dívidas
porque a CBB é obrigada a participar de um sem número de competições para poder
manter o seu status de filiada à Fiba (Federação Internacional de
Basquete), então esta situação vem só se agravando de lá até agora sem podermos
chegar a um termo de equilíbrio", ressaltou Edio.
Sobre as Olimpíadas, Edio afirma que a preparação já está
prejudicada. "Com certeza (a falta de patrocínio) tem um impacto forte na
nossa preparação. Porque sem recursos, o que você necessariamente precisa
fazer? Reduzir a sua atividade. Na hora que você tira do esporte a quantidade e
qualidade de treinamento, isto reflete objetivamente na quadra. É um reflexo
direto. A programação que a CBB fez para os Jogos Olímpicos já começa a
ser comprometida", disse.
Soares afirma que a seleção feminina já poderia estar treinando. "Já
poderia estar reunida. Superada a fase de preparação mais pesada, de análises
clínicas, a gente já poderia estar evoluindo nos treinamentos, mas ainda
não podemos fazê-lo. Só podemos fazer as convocações em meados de junho, o que
já começa a prejudicar esta preparação. E veja que estamos falando do ano de
2015. Com esta situação que se apresenta, cada ano a dificuldade aumenta ainda
mais, então 2016 é uma grande incógnita para nós", conclui o diretor.
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