Dupla pega 20 anos de prisão por matar diretor de esportes

A Justiça de Mirandópolis condenou a 20 anos de prisão os dois acusados de assassinar o diretor do Departamento de Esportes do município, Carlos Antonio Rizzo, de 51 anos, em outubro do ano passado

Carlos Antonio Rizzo foi encontrado morto em um canavial três dias depois de ter desaparecido. Foto: Divulgação/Prefeitura
Carlos Antonio Rizzo foi encontrado morto em um canavial três dias depois de ter desaparecido. Foto: Divulgação/Prefeitura

A Justiça de Mirandópolis condenou a 20 anos de prisão os dois acusados de assassinar o diretor do Departamento de Esportes do município, Carlos Antonio Rizzo, de 51 anos, em outubro do ano passado . Diego Rodrigo Antunes da Costa e Alex Louveira Araújo foram presos quando tentavam fugir para o Paraguai com o carro da vítima e confessaram o crime. Cabe recurso. As informações são da Folha da Região de Araçatuba.

A audiência de instrução e julgamento foi realizada na tarde de quinta-feira no Fórum local e a sentença foi proferida pelo juiz Rafael Salomão Oliveira. A dupla não terá direito de recorrer em liberdade. Rizzo desapareceu na noite de 3 de outubro de 2014 e o corpo dele foi encontrado três dias depois em um canavial entre Mirandópolis e Lavínia. Os réus confessaram que pretendiam vender o carro da vítima no Paraguai e foram presos com o veículo em Ponta Porã (MS), na noite anterior ao encontro do corpo.

Consta na sentença que o carro era conduzido por Costa, que conhecia Rizzo e trazia Araújo como passageiro. O crime teria sido premeditado, pois a Justiça encontrou conversa pelo Facebook entre o acusado e a vítima com data de 24 de setembro, tendo como conteúdo o veículo da vítima e o seu valor de mercado, o que revelaria o interesse do condenado pelo automóvel.

Além disso, Costa comunicou à família que, naquela noite, não retornaria para casa e dormiria na residência da avó. Como não apareceu, a companheira dele registrou boletim de ocorrência, comunicando seu desaparecimento.

FACEBOOK

Em depoimento, o acusado disse que convidou o comparsa para a prática do crime, pois precisava de dinheiro, e a proposta foi aceita imediatamente. Ele, então, entrou em contato com Rizzo por meio do Facebook e pediu que levasse o amigo com o carro até Lavínia.

Ele relatou que os três seguiam com o carro, tendo a vítima como condutora, Costa de passageiro e Araújo no banco traseiro.

Durante o trajeto, a dupla pediu para Rizzo parar o veículo e, nesse momento, ele foi imobilizado e amarrado com uma corda. Sem defesa, Rizzo foi agredido com chutes, socos e até prisões na cabeça, este dados por Costa. Ele teria, inclusive, suplicado para não ser morto, dizendo que daria dinheiro a eles, mas não foi atendido.

A vítima foi abandonada no canavial, agonizando, e a dupla fugiu com o carro. Antes de seguir com destino ao Paraguai, os dois pararam em um motel, onde tomaram banho e lavaram as roupas com manchas de sangue.

O recibo de pagamento do motel foi apreendido pela Justiça e anexado aos autos, junto com imagens de entrada e saída do Toyota captadas pelas câmeras de segurança do estabelecimento.

Costa foi condenado a 25 anos de prisão, mas teve a pena reduzida em um sexto por ser menor de 21 anos. A pena dele é de 20 anos e 10 meses de reclusão em regime inicial fechado. Pela participação no crime, Araújo foi condenado a 24 anos de reclusão, pena reduzida para 20 anos pela menoridade.

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