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O ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, disse hoje
(12) que a nova fase do Programa Banda Larga para Todos tem como meta garantir
o acesso ao serviço para 95% da população, até 2018. Assim, estima-se um total
de 300 milhões de acessos à banda larga, no ano da projeção. Para chegar a
esses números, o governo terá o desafio de criar condições para baratear o
custo do serviço, inclusive em comunidades de difícil acesso.
“Há um estudo das Forças Armadas que quer fazer fibra ótica
subaquática em todos rios da Amazônia. Passar na floresta é algo absolutamente
complexo. Portanto é mais rápido lançá-las nos rios da região”, disse Berzoini
durante audiência na Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado. Segundo o
ministro, serão necessários entre R$ 6 bilhões e R$ 8 bilhões para o projeto.
“Para localidades onde a fibra ótica não tenha chegado, a ideia é usar
satélites. Ano que vem lançaremos um satélite para comunicação militar que
ajudará a levar internet para locais onde a fibra ótica não é acessível”, disse
Berzoini ao lembrar que as constantes mudanças tecnológicas encarecem os
serviços prestados pelo setor de telecomunicações. Nesse sentido, ele defendeu
um tratamento orçamentário diferenciado para esse setor no ajuste fiscal em
curso.
Outras ferramentas que Berzoini destacou como relevantes
para a inclusão social no Brasil são as emissoras de televisão comunitárias e
públicas. “A interatividade é algo que foi definido quando da implantação da TV
digital. Temos compromisso de assegurar que essa interatividade seja um
instrumento de inclusão social para a população de baixa renda.”
“Testes feitos pela EBC [Empresa Brasil de
Comunicação] para avaliar o impacto social [da interatividade da TV com
serviços sociais] em João Pessoa [PB] e em uma região de menor inclusão social
em Brasília foram muito positivos porque demonstraram que a população pôde
acessar o serviço público de forma mais fácil e econômica, inclusive para
conseguir emprego. Estimamos ser possível termos um conversor com
interatividade a um custo adequado”, acrescentou.
Berzoini defendeu também a desburocratização da radiodifusão
no país, de forma a dar mais agilidade aos processos de concessão no setor:
“Precisamos de uma legislação extraordinária que dê eficácia para atender aos
atuais dispositivos constitucionais, que são extremamente bem formulados e
estruturados. E [precisamos] de debates para formularmos propostas que
assegurem a liberdade de expressão como pilar da democracia, para que todos os
brasileiros se sintam contemplados dentro desse dispositivo”.
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