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Quase um quarto da população brasileira (24,8%) não tinha
telefone celular em 2013, embora o percentual de pessoas com celular tenha
avançado 131,4% (73,9 milhões de pessoas), desde 2005. Os dados são do
suplemento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2013 sobre as
Tecnologias de Informação e Comunicação, divulgado hoje (29) pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação a 2008, o aumento foi
49,4% (43 milhões de pessoas).
A ausência do celular era mais comum entre as pessoas com
menores rendimentos (50,9% na faixa de rendimento per capita até um
quarto do salário mínimo), baixa escolaridade (60,2% das pessoas sem instrução
ou com menos de um ano de estudo) e trabalhadores agrícolas (48,9%).
Em uma análise regional, os dados revelam que o Centro-Oeste
(83,8%) registrou, em 2013, a maior proporção de acesso ao celular, seguido das
regiões Sul (79,8%) e Sudeste (79,5%). O Norte (66,7%) e o Nordeste (66,1%),
embora tenham registrado as menores proporções, são as regiões onde mais
cresceu o acesso a um celular na comparação com os dados de 2005, quando o
Norte tinha 26,4% da população com acesso a celular e o Nordeste, 23,9%.
O Distrito Federal (89,4%) foi a unidade da Federação com
maior percentual de pessoas com celular, em 2013, seguido de Mato Grosso do Sul
(83,5%) e Goiás (83,4%). Os menores percentuais de acesso foram registrados no
Maranhão (52,3%) e no Piauí (62,6%). Na comparação entre 2005 e 2013, as
unidades da Federação onde mais variou o percentual de acesso a celular foram
Tocantins (de 27% para 74,6%), Paraíba (de 26,2% para 73%), Bahia (de 21,2%
para 67,0%), Piauí (de 16,8% para 62,6%) e Roraima (de 24,6% para 69,6%).
De acordo com os dados da pesquisa, a posse de telefone
móvel celular era maior entre as mulheres (75,9%), do que entre os homens
(74,4%), em 2013. No Sudeste (79,8%, e no Sul (80,2%), no entanto, a proporção
de homens com telefone celular era maior que a de mulheres (79,2% e 79,3%
respectivamente).
O suplemento revela ainda que a posse de celular cresceu em
todas as faixas de idade a partir de 10 anos a 14 anos (49,9%), atingindo a
maior proporção no grupo de idade de 25 anos a 29 anos (87,3%), caindo entre os
idosos com mais de 60 anos (51,6%).
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