Lista de inquéritos da Lava Jato tem parlamentares ex-integrantes do Executivo

A lista enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) com o pedido de abertura de inquéritos para investigar pessoas citadas em d

Foto: Agência Brasil
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A lista enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) com o pedido de abertura de inquéritos para investigar pessoas citadas em depoimentos na Operação Lava Jato consta, entre outros, nomes de senadores, deputados federais, ex-governadores e ex-ministros de Estado. O ministro do STF Teori Zavarski, que recebeu o documento encaminhado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, quebrou o sigilo e autorizou a instalação de 28 pedidos de abertura de inquéritos.

A presidenta Dilma Rousseff também foi citada, mas o procurador-geral alegou que não tem competência para investigá-la. Por lei, o presidente só pode ser investigado por atos praticados no exercício da Presidência. Ela foi citada no mesmo inquérito de Antonio Palocci, mas o STF ainda não esclareceu em quais circunstâncias.

No Senado, foram autorizados inquéritos e diligências sobre Fernando Collor de Mello (PTB-AL), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Ciro Nogueria (PP-PI), Humberto Costa (PT-PE), Lindbergh Farias (PT-RJ), Valdir Raupp (PMDB-RO), Romero Jucá (PMDB-RR), Antônio Anastasia (PSDB-MG), Edison Lobão (PMDB-MA), Benedito de Lira (PP-AL), Gladson Cameli (PP-AC) e Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente da Casa. O procurador pediu o arquivamento das denúncias contra o senador e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves (PSDB-MG), e contra o senador Delcídio Amaral (PT-MS).

Entre os deputados, constam na lista os nomes do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e de Eduardo da Fonte (PP-PE), Nelson Meurer (PP-PR), Jerônimo Pizzolotto (PP-RS), Afonso Hamm (PP-RS), Agnaldo Ribeiro (PP-PB), Sandes Júnior (PP-GO), Aníbal Gomes (PMDB-CE), Arthur de Lira (PP-AL), Vander Loubet (PT-MS), Simão Sessin (PP-RJ), José Mentor (PT-SP), José Otávio Germano (PP-RS), Luiz Fernando Faria (PP-MG), Roberto Brito (PP-BA), Mário Negromonte (PP-BA), Renato Molling (PP-RS), Waldir Maranhão (PP-MA), Dilceu Sperafico (PP-PR), Luiz Carlos Heinze (PP-RS), Lázaro Botelho (PP-TO) e Missionário José Olímpio (PP-SP). O ex-deputado e ex-líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), também será investigado.

Foram autorizados inquéritos ainda sobre o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, e o empresário preso Fernando Baiano, além de personagens que eram parlamentares ou ministros na época do escândalo do mensalão, como João Pizzolatti, Antônio Palocci, Pedro Corrêa e Pedro Henry. E ainda ex-governadores, como Roseana Sarney, do Maranhão, e Antônio Anastasia (PSDB), de Minas Gerais. Nenhum governador em exercício é citado na lista. Entre os deputados e senadores que serão investigados, quatro são ex-ministros do governo de Dilma Rousseff: Mário Negromonte, que comandou o Ministério das Cidades, Gleisi Hoffmann, que chefiou a Casa Civil, Edison Lobão, que foi titular de Minas e Energia, e Agnaldo Ribeiro, que também foi ministro das Cidades.

Foram arquivadas as denúncias contra o ex-presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves, Romero Jucá (PMDB-RR), Alexandre José dos Santos, Ciro Nogueira, além de Delcídio Amaral e Aécio Neves. O ministro decidiu remeter ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) um pedido de inquérito contra Agnaldo Ribeiro, mas ele será investigado no Supremo por outro processo.

Com a autorização da abertura dos inquéritos, começará agora a efetiva investigação sobre os envolvidos, inclusive com eventuais quebras de sigilos telefônicos, bancários e fiscais. Teori Zavaski também autorizou que todos os documentos referentes a esses inquéritos se tornem públicos e não corram mais em segredo de Justiça.

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