Vacinação gratuita contra HPV começa nesta segunda-feira

Vacinação gratuita contra HPV começa nesta segunda-feira

HPV: Vacina é aplicada de forma gradativa, totalizando três doses (Jeffrey Hamilton/Thinkstock)
HPV: Vacina é aplicada de forma gradativa, totalizando três doses (Jeffrey Hamilton/Thinkstock)

Meninas de onze a treze anos poderão ser vacinadas contra o vírus HPV pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a partir desta segunda-feira. A vacina será oferecida até o final deste ano em 36.000 postos de saúde e escolas públicas e privadas. A meta do Ministério da Saúde é imunizar pelo menos 80% da população-alvo, o equivalente a 5,2 milhões de adolescentes. 


A vacina contra o HPV é capaz de prevenir a transmissão do vírus causador do câncer do colo do útero, que pode ser contraído por meio de relação sexual, contato direto com peles ou mucosas infectadas, e também no momento do parto. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 290 milhões de mulheres no mundo sejam portadoras do HPV, sendo que 32% são infectadas pelos tipos causadores do câncer. Por ano, 270.000 pessoas morrem em decorrência da doença. 


O Ministério da Saúde definiu a estratégia de realizar a vacinação em grupos divididos por faixa etária, até atingir meninas de 9 a 13 anos. A campanha estará voltada inicialmente às garotas de onze a treze anos. Em 2015, a vacina passará a ser ofertada para o grupo de nove a onze anos e, em 2016, para o público de nove anos. De acordo com o ministério, estudos mostram que essa faixa etária apresenta melhores resultados na eficácia da vacina, pois é quando a produção de anticorpos é mais intensa. Além disso, no caso do Brasil, a maior parte das meninas ainda não iniciou a vida sexual nessa idade e, portanto, é mais provável que não tenha tido contato com o vírus HPV.


A vacinação se dá de forma gradativa e totaliza três aplicações: a segunda dose é aplicada seis meses depois da primeira - e garante proteção contra a contaminação. Passados cinco anos, será aplicada a terceira dosagem da vacina, que serve como um reforço para manter a imunização duradoura. Quando seguido todo o protocolo, a vacina atinge eficácia de 98,8%.


Segundo o Ministério da Saúde, a vacina não elimina a necessidade de uso de preservativo durante a relação sexual, já que o sexo desprotegido pode levar a outras doenças, como infecção pelo vírus da aids, hepatite e sífilis. Além disso, meninas que foram vacinadas não devem deixar de fazer, a partir dos 25 anos, o exame Papanicolau, que pode diagnosticar o câncer de colo do útero precocemente.

 

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