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Conhecida
por vencer o concurso de beleza Miss Turismo Carabobo 2013, Génesis Carmona, de
22 anos, morreu na Venezuela às 12 horas locais desta quarta-feira, um dia
depois de ter submetida a uma operação após ter sido atingida por um disparo na
cabeça durante protestos contra o presidente Nicolás Maduro na cidade de
Valencia. As informações são do portal IG.
A
jovem, que se tornou a quinta vítima fatal das manifestações no país, foi
levada de moto até o hospital Guerra Méndez, onde ficou internada na Unidade de
Terapia Intensiva, mas não resistiu ao ferimento. De acordo com os médicos, a
bala, alojada na base da parte traseira do crânio, não pôde ser removida, pois
o edema formado pelo trauma dificultou a intervenção.
Géneses,
que atuava como modelo, era estudante de Ciências Sociais na Universidad
Tecnológica del Centro (Unitec), em Guacara, a cerca de 160 Km de Caracas,
capital do país. Dos nove jovens atingidos por disparos na terça, apenas ela
corria risco de vida. Testemunhas afirmam que um grupo de motoqueiros abriu
fogo contra os manifestantes e fugiu.
Desde
a semana passada, opositores do governo de Maduro estão saindo às ruas para
protestar. Na terça, dia de diversas manifestações simultâneas em todo o país
contra e a favor do governo atual, o líder da oposição Leopoldo López se
entregou à polícia.
López
era buscado pelas autoridades sob um mandado de prisão decorrente da violência
que atingiu um protesto há uma semana e enfrenta acusações que incluem de
homicídio a vandalismo da propriedade pública. Maduro acusa López de liderar
uma conspiração "fascista" para depô-lo.
Os
partidários de López disseram que os três mortos dos protestos do dia 12 foram
atingidos por disparos das forças pró-governo. Na segunda-feira (17), uma
quarta vítima, um menino de 17 anos, foi morto quando um veículo não
identificado acelerou contra um grupo de estudantes no Estado de Sucre.
Centenas
de estudantes passaram a semana passada nas ruas de Caracas alternando
protestos pacíficos durante o dia e batalhas campais com a polícia durante a
noite, em um tumulto alimentado por problemas que vão desde o crime crescente a
uma inflação de 56% e à escassez de produtos básicos.
Diante
da escalada de tensão, o presidente venezuelano acusou países como EUA,
Colômbia e Chile de interferência nos assuntos internos venezuelanos e de apoio
à oposição.
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