A
prefeitura tenta negociar com as famílias que invadiram um conjunto
habitacional em construção no sábado (18), em Castilho (SP). As casas deveriam
ter sido entregues na semana passada, mas as obras atrasaram e não há garantia
de que todas elas vão receber os imóveis, já que o número de inscritos é bem
maior do que a quantidade de casas disponíveis. As informações são do portal G1/TV Tem.
Cerca
de 300 pessoas ocupam o local, construído a partir de uma parceira entre a
prefeitura e o Governo do Estado por meio da CDHU. As obras começaram em
janeiro de 2012 e deveriam ter terminado no fim de 2013, mas as casas ainda não
têm portas e nem janelas, a luz e água ainda não chegaram e as ruas são de
terra batida.
A
auxiliar de fábrica Andréia Pereira da Siva foi uma das pessoas que invadiram o
local. Ela levou o filho, de 10 anos, e outros três parentes. Além deles,
apenas mudas de roupa e um colchão. “Não tem como cozinhar ou tomar banho, não
tem água aqui. Mas a energia já vou puxar da rua”, comenta a mulher.
O
servente de pedreiro Kleber Barbosa Oliveira, vizinho de Andréia, também se
mudou para a casa com a família. “Estou precisando de um lar para meus filhos.
Não aguento mais morar de favor. Eu vim para cá para conseguir minha casa”,
afirma Oliveira.
Segundo
a prefeitura, a possibilidade de atraso, já estava prevista no contrato. O
prefeito da cidade, Joni Buzachero, foi até o conjunto e tentou convencer o
grupo a deixar o local. Ele ainda ofereceu aos representantes das famílias
terrenos em outra região da cidade, mas eles recusaram a proposta. "As
pessoas precisam ter essa compreensão, de desocuparem a casa para que as obras
sejam retomadas. Isso aqui vai atrapalhar e dificultar a conclusão da
obra", comenta o prefeito.
O
CDHU deve pedir a reintegração de posse para o término das obras que tem
previsão de outubro de 2014. No conjunto habitacional, devem morar pessoas que
serão selecionadas por meio de sorteio público.