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Embora
tido pelos médicos como "feto inviável" por ter nascido com menos de
500 gramas de peso, segue internado no Hospital Universitário (HU), em Campo
Grande, o bebê Kauã Lázaro, prematuro de seis meses, que nasceu na
segunda-feira desta semana. As informações são do portal UOL.
Por
duas horas, a criança foi tida como morta. Mas perto do momento de ser levado
para o necrotério do hospital, ele reagiu, segundo a família da criança. O
garotinho pesava 465 gramas e media 25 centímetros quando nasceu.
O
topógrafo Rafael Dionízio, 22, disse que até semana passada a gravidez da
mulher, Michele,17, seguia normal. Na quinta-feira passada, a gestante foi até
uma unidade de saúde fazer ultrassom. Era intenção do casal saber o sexo da
criança para comprar as roupas. Eles desejavam ainda que o filho nascesse de
parto natural.
Na
unidade, disse Dionízio, a mulher soube que o rim e o pulmão de seu primeiro
bebê não estavam se desenvolvendo e que ela teria de ser submetida a uma
cirurgia cesariana. "A chance de a criança sobreviver era 0%", disse Maria
Rosa dos Santos, 40, mãe de Michele, avó do neném.
O
casal e a família, segundo a avó, se prepararam para receber a pior notícia - a
de que a criança nasceria morta.
Na
segunda-feira, por volta das 16h, Michele seguiu para a sala de cirurgia do HU.
Em seguida, segundo a avó e o pai da criança, os médicos que cuidaram do parto
avisaram à gestante que o bebê tinha nascido vivo e morrido em seguida.
Dionízio
ficou na recepção à espera de mais informações sobre o estado da mulher.
"Mas às 21h, cinco horas depois do nascimento do meu filho, que tinha
morrido, recebi a informação de que ele estava vivo", disse. "Foi um
alívio, um milagre."
O
bebê se chamaria Kauã Ismar. Porém, depois do episódio, o segundo nome foi
mudado para Lázaro - personagem que, segundo a Bíblia, foi ressuscitado por
Jesus quatro dias após a morte.
Nota
do hospital
A
assessoria de imprensa do Hospital Universitário divulgou nota em que confirma
que mãe foi encaminhada ao hospital depois de constatada uma "malformação
renal e pulmonar do feto".
O
comunicado informa também que Kauã nasceu na 22ª segunda semana de gestação - o
período normal é de 40 semanas - com "respiração irregular, batimentos
cardíacos abaixo de 100 bpm e cianose generalizada".
"Foi
comunicado à mãe que o feto havia sido considerado inviável e que poderia
evoluir para o óbito", diz ainda a nota, segundo a qual a criança teve uma
"melhora espontânea" duas horas após o nascimento.
O
bebê segue internado na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal do
hospital. A mãe retornou para a casa ontem, e seu estado de saúde é
bom.
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