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Já
duram duas semanas a paralisação no Hospital Estadual de Mirandópolis (SP) por
causa da greve dos servidores. Apesar de o sindicato da categoria afirmar que o
movimento não está afetando o atendimento à população, não é isso que diz quem
precisa de um médico. As informações são do portal G1/TV Tem.
Baixos
salários e falta de condições de trabalho são as justificativas para a greve
dos funcionários do Hospital Estadual de Mirandópolis. A paralisação já dura 14
dias. Médicos, auxiliares de enfermagem, enfermeiros e técnicos de raio- x
aderiram ao movimento. Dos 350 profissionais, 140 não estão atendendo.
Entre
as reivindicações está a reposição salarial superior a 32% e aumento do
vale-alimentação de R$ 8 para R$ 26. “Estamos também reivindicando a
regulamentação de 30 horas de trabalho para os funcionários do setor
administrativo”, afirma a diretora regional do Sindsaúde Geandra Soares de
Macedo.
A
paralisação atinge 40% da unidade. Os pacientes que já têm consultas agendadas
são avisados a não virem ao hospital, porque não serão atendidos. Se o caso for
de urgência, a pessoa é encaminhada para o médico. Se não for urgente, a espera
é longa. A dona de casa Luciana Oliveira trouxe o filho de 6 anos para passar
pelo pediatra. “O normal é sempre ter um pediatra de plantão no hospital, mas
faz tempo que não tem”, diz a mulher.
O
hospital de média complexidade é referência para 20 cidades da região. Segundo
o sindicato, antes da greve, o hospital atendia de 320 a 350 pessoas por dia.
Hoje, o número caiu para 100. Lúcia Maria da Silva é auxiliar de enfermagem e
reclama do salário e da falta de materiais para atender o paciente. “Não tem
maca adequada, cadeiras de rodas adequadas. E nós sendo bem remunerados, vamos
trabalhar mais feliz e contente e os usuários terão um melhor atendimento”,
afirma a auxiliar.
Cerca
de 20 hospitais estão em greve em todo estado e a situação deve continuar até
que o estado apresente uma proposta. “A população não está sendo prejudicada
pela greve, a população já é prejudicada mesmo sem a greve”, diz a diretora do
Sindsaúde.
Por
nota, a Secretaria Estadual de Saúde afirmou que apenas uma parte de
funcionários do setor administrativo aderiu à greve e que em nenhum momento
qualquer tipo de atendimento foi suspenso. A secretaria informou ainda que está
em diálogo com o sindicato, mas não informou se apresentou contraproposta.
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