Valcke cobra prazos da Arena Corinthians e clube rebate: "Não aceitamos pressão"

Valcke cobra prazos da Arena Corinthians e clube rebate: "Não aceitamos pressão"

O secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke, cobrou mais agilidade das obras na Arena Corinthians, palco da abertura da Copa do Mundo de 2014. Em visita ao Mané Garrincha, em Brasília , Valcke disse que por enquanto não pensa em mudanças nas cidades-sedes, mas que isso pode mudar depois de 1º de agosto, data de início da venda de ingressos. Em nota, o Corinthians rebateu a pressão. "Se entendem que devem mudar o local de abertura da Copa fiquem à vontade", disse o clube em nota.

 

"Nós sempre dissemos que não é possível aceitar atrasos. É preciso de tempo para testar tudo. A Copa do Mundo é um evento de outra magnitude. Eles (da Arena Corinthians) vão ter que acelerar. Isso não é uma ameaça. Não estamos pensando em mudar a cidade-sede. Isso só acontece quando não tem mais jeito. Porém, podemos mudar até 1° de agosto, quando começam a vender os ingressos. Temos uma possibilidade para isso, mas os estádios têm que ser entregues a tempo", disse Valcke durante a visita.

 

Com mais de 76% das obras concluídas, o estádio do Corinthians é um dos que apresentam maiores avanços em relação às outras 11 arenas que receberão jogos na Copa de 2014. "Por tudo isso, gera estranheza ao clube a posição colocada nesta terça-feira pelo Sr. Jérôme Valcke, sendo que ele mesmo deu o prazo até dezembro de 2013 para conclusão dos estádios. No caso do Corinthians, esse prazo foi estendido pelo próprio Valcke para fevereiro de 2014", disse o Corinthians em nota oficial.

 

O clube reconhece dificuldades para obter o repasse do financiamento ao BNDES e os atrasos referentes ao pagamento dos Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento (CIDs), a isenção fiscal da prefeitura junto à construtora Odebrecht, mas frisa que manteve o organograma da construção. As obras têm valor estimado em R$ 820 milhões somados R$ 400 milhões do financiamento do BNDES e os R$ 420 dos CIDs.

 

"O clube não aceita nenhuma pressão porque é bom lembrar o que sempre disse: o estádio para os corintianos teria 48 mil e, quando o estádio passou a ser requisitado para a Copa do Mundo, foi feito um remanejamento do projeto para 68 mil lugares. O objetivo do Corinthians sempre foi, neste caso, servir a cidade, o estado e o país. Por isso, o clube aumentou a capacidade do estádio e não aceita nenhum tipo de pressão. Se entendem que devem mudar o local de abertura da Copa fiquem à vontade. O Corinthians só espera que Fifa e COL reconheçam o esforço da Prefeitura de São Paulo, do Governo do Estado de São Paulo, do Governo Federal e principalmente da população paulista", diz a nota do Corinthians. 

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