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Marcada
para esta segunda-feira (15/10), a audiência pública de conciliação entre
representantes da Fundação Nacional do Índio (Funai) e da Norte
Energia, empresa responsável pela construção da Hidrelétrica de Belo Monte
(PA), sob a presidência do Ministério Público Federal (MPF) foi suspensa. Não
há nova data. De acordo com a empresa, a suspensão foi definida pela Justiça
Federal porque o canteiro de obras do sítio Pimental ainda está ocupado.
A audiência está condicionada, segundo a Justiça Federal, à saída dos
invasores. O objetivo da audiência é que os integrantes das comunidades
indígenas e de entidades civis que ocupam o canteiro de obras apresentem suas
reivindicações à Norte Energia.
Neste sábado (13/10) um oficial de Justiça sobrevoou a área e constatou que o
local permanece ocupado. A Justiça deverá avaliar o descumprimento da ordem e
proferir nova sentença. Mas não há prazo para a nova determinação. A
expectativa é que ocorra ao longo desta semana.
O juiz federal Marcelo Honorato, de Altamira, determinou a realização da
audiência há três dias. Porém, ele recomendou que os cerca de 60 invasores
deixassem o canteiro de obras do Sítio Pimental, em Belo Monte, até o fim
da manhã de ontem. A ocupação do local ocorreu no dia 8.
Por questões de segurança, o Consórcio Construtor Belo Monte retirou da área os
900 funcionários, interrompendo os trabalhos. Segundo o Conselho
Indigenista Missionário (Cimi), participam da ocupação índios das etnias Xipaia,
Kuruaia, Parakanã, Arara, Juruna e Assurini, que se uniram a pescadores que há
26 dias protestam contra o barramento do Rio Xingu.
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