Foi lançada nesta quarta-feira (12/09) a Semana Nacional de Carne Suína,
promovida pela Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS),
com apoio do Ministério da Agricultura e da Associação Brasileira de
Supermercados(Abras). A ideia é realizar durante duas semanas por ano uma
extensiva oferta de carne suína nos supermercadosbrasileiros a
fim de elevar o consumo per capita no Brasil.
O evento, que pretende amenizar a crise que afeta o setor da suinocultura
brasileira por meio do incentivo ao consumo decortes suínos, será realizado
inicialmente na regiãoNordeste, onde a rede de supermercados Pão de Açúcarvai
liderar a campanha. “Em 2013 a campanha já será realizada nos supermercados de
todo o país”, diz Roberto Lopes, presidente da ABCS.
Uma das metas é incluir a carne suína definitivamente na cesta de
compras dos brasileiros e alcançar o consumo médio de 18kg per capita em 2015.
Hoje o consumo interno é estimado em 15,1 kg, onde apenas 3% se referem a carne
in natura. Já a média mundial é de 39 quilos por habitante/ano.
A campanha pretende aprimorar a apresentação dos produtos nos pontos de venda e
capacitar profissionais deaçougues a desenvolverem novos formatos de
cortes, em tamanhos menores, mais saborosos e saudáveis, de acordo com as
características desejadas pelos consumidores atuais.
“Vamos derrubar os mitos que envolvem a carne suína. Alguns consumidores ainda
pensam que os suínos são criados em condições precárias, mas a suinocultura brasileira
é altamente tecnificada, tanto que o Japão – país mais rigoroso do
mundo – abriu as portas para as exportações brasileiras”, avalia Lopes.
Exportações
Também
nesta terça-feira (11/9) a Associação Brasileira da Indústria Produtora e
Exportadora de Carne Suína(Abipecs), divulgou o balanço
das exportações em agosto. Foram embarcadas 54,71 mil toneladas de
carne. O valor representa o maior volume mensal observado até agora em 2012.
Trata-se de uma alta de 19,24% em relação ao mesmo mês de 2011, quando o Brasil
embarcou 45.887 toneladas. Em termos de receita, agosto ficou atrás apenas de
maio, totalizando US$ 134,42 milhões - avanço de 10,10% na comparação anual. Já
os preços continuam em queda neste ano. Em agosto, a tonelada do produto foi
negociada, em média, a US$ 2.457, valor 7,67% inferior ao apurado em igual
intervalo de 2011.
De janeiro a agosto, os embarques do produto subiram 5,42% em relação aos oito
primeiros meses de 2011, somando 367.743 toneladas. O faturamento nesse mesmo
período, no entanto, é 2,2% menor (US$ 930 milhões).