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A
seleção brasileira masculina de vôlei classificou-se na tarde desta
quarta-feira, 8 de agosto, para as semifinais dos Jogos Olímpicos Londres 2012
ao obter uma inédita vitória contra a Argentina (em partidas dentro de Jogos
Olímpicos) por 3 a 0 (25/19, 25/17 e 25/20), em 1h03m. Depois de três derrotas,
incluindo a disputa por uma medalha de bronze em Seul 88 e uma virada em Sydney
2000, o Brasil obteve a classificação de forma relativamente tranquila na arena
de Earl's Court. A única nota triste foi a lesão muscular que deverá tirar o
atacante Vissotto do torneio - ele sentiu o músculo adutor da coxa ao saltar
para um ataque no primeiro set.
Na quinta-feira, os vice-campeões olímpicos voltarão à quadra para enfrentar a
Itália, que derrotou os atuais campeões olímpicos, EUA, por 3 a 0. O técnico
Bernardinho, antes de conhecer o próximo adversário, fez uma rápida análise das
possibilidades. "Os EUA têm uma equipe que se comporta com muito mais
constância e tem mostrado um padrão de jogo bem linear, enquanto a Itália anda
oscila. Mas são dois times perigosíssimos. Precisamos continuar como hoje,
impondo nosso ritmo para quebrar a confiança do adversário".
E o Brasil cumpriu a missão, mesmo com a perda de Vissotto. Wallace, o
substituto da tarde de hoje, pode até ter sofrido um pouco com o nervosismo de
estar pela primeira em Jogos Olímpicos, como admitiu depois do jogo, mas
conseguiu virar seis bolas e ganhar um pouco mais de calma para a missão de
ajudar a seleção a chegar à terceira final olímpica consecutiva. "É por
isso que a equipe traz 12 jogadores. A gente precisa estar pronto para entrar.
Cometi alguns erros, mas vou estudar e treinar mais para que possa estar à
disposição do Bernardo", prometeu Wallace.
Único jogador em quadra que esteve presente na campanha de Sydney, Dante tinha
um motivo a mais para estar sorrindo: há 12 anos, foi um erro seu que fechou a
partida a favor dos argentinos, também nas quartas-de-final. "Estarei
mentindo se eu disser que não pensei direto no que aconteceu há 12 anos quando
vi o resultado do sorteio para as quartas aqui em Londres. Entrei com tudo em
quadra hoje para sair daqui com uma sensação diferente de Sydney. Sou um homem
feliz e vingado", brincou o atacante.
O levantador Bruninho, um dos melhores jogadores em quadra hoje, também tinha
suas lembranças de 2000. "Estava no ginásio em Sydney e lembro de ter
chorado muito quando perdemos. Hoje é um privilégio estar aqui para dar
alegrias à torcida brasileira. Teremos um jogo dificílimo na semifinal, mas é
importante estarmos crescendo na hora certa na competição", analisou.
O primeiro set começou muito equilibrado, com os dois times trocando pontos até
o primeiro tempo técnico e o Brasil virando em 8 a 7. Porém, um bloqueio duplo
num contra-ataque de Murilo abriu uma diferença que o Brasil logo ampliou com
uma combinação de lances que incluíram um ataque de segunda do levantador
Bruno. Dante voou da linha dos três metros para chegar a 16 a 9. Tirando um
pequeno momento de descuido depois do momento em que Vissotto se lesionou, o
time fechou sem muitos problemas, em 26 minutos, com Murilo explorando o
bloqueio argentino.
No segundo set, foi a Argentina quem virou o primeiro tempo técnico à frente.
Mas foi o Brasil quem escapou primeiro, chegando a 13 a 10 depois de um
bloqueio de Wallace e de uma invasão de Conte. Num ataque fora de Crer, o
placar foi para 21 a 16. Num saque de Sidão que explodiu na recepção argentina
e foi para a arquibancada, o Brasil fechou o set em 24 minutos.
Houve mais equilíbrio no terceiro set. Os dois times perseguiram um ao outro no
placar, ponto a ponto, até o Brasil abrir 20 a 17, num erro de recepção de
Quiroga. Um erro de passe argentino deu 24 a 19 à seleção, que enfim quebrou a
escrita com um contra-ataque de Murilo, fechando o set em 24 minutos.
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